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04/11/2010 10h42 - Atualizado em 04/11/2010 10h49

Produção industrial recua 0,2% em setembro, diz IBGE

Na comparação com setembro do ano passado, houve avanço de 6,3%.


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A produção industrial apresentou recuo de 0,2% em setembro, na comparação com o mês de agosto, na série livre de influências sazonais, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quinta-feira (04), pelo IBGE. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve avanço de 6,3%, menor marca desde os 5,3% registrados em novembro de 2009, e 13,1% no acumulado dos nove meses do ano.

No fechamento do terceiro trimestre de 2010, o setor industrial cresceu frente ao mesmo período de 2009 (7,9%), mas ficou negativo em relação ao trimestre imediatamente anterior (-0,5%) na série ajustada sazonalmente. A taxa acumulada nos últimos 12 meses prosseguiu em expansão, passando de 9,8% em agosto para 11,2% em setembro, resultado mais elevado desde o início da série histórica.

Na formação da taxa de -0,2% da atividade industrial entre agosto e setembro, observou-se 15 ramos em queda e 12 com índices positivos. Entre os que tiveram resultados negativos, os principais foram: outros produtos químicos (-4,0%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-11,0%), alimentos (-1,7%), metalurgia básica (-2,0%), veículos automotores (-0,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,5%). Já entre as atividades com aumento de produção, os melhores desempenhos foram edição e impressão (15,5%), farmacêutica (6,3%), indústrias extrativas (2,5%) e bebidas (4,0%).

Ainda na comparação com o mês anterior, nos índices por categorias de uso, somente o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (1,3%) assinalou resultado positivo, eliminando o recuo de 0,8% observado no mês de agosto.

As demais categorias de uso mostraram taxas negativas, com destaque para a queda de 2,6% de bens de capital, após apontar crescimento nulo nos meses de julho e agosto. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (-1,3%) e de bens intermediários (-0,5%) registraram o segundo mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período perdas de 1,4% e 2,0%, respectivamente.

Comparação com setembro de 2009
A produção industrial avançou 6,3% na comparação com setembro, completando 11 meses consecutivos de taxas positivas nesse tipo de comparação. Os resultados foram positivos em 22 dos 27 setores pesquisados, com veículos automotores (19,8%) permanecendo com o maior impacto na formação do índice global, seguido por máquinas e equipamentos (13,1%), edição e impressão (17,6%), indústrias extrativas (13,5%) e alimentos (5,8%).

Nestes setores, os principais responsáveis pelo desempenho positivo foram respectivamente: caminhão-trator, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e automóveis; aparelhos carregadoras-transportadoras, motoniveladores, empilhadeiras propulsoras e máquinas para colheita; livros de qualquer gênero; minérios de ferro; e açúcar cristal e sucos concentrados de laranja.

Entre as cinco atividades que mostraram redução na produção, material eletrônico e equipamentos de comunicações (-16,9%) e outros produtos químicos (-3,2%) foram as que exerceram as influências mais relevantes na média da indústria, pressionadas em grande parte pelo recuo na fabricação de celulares e aparelhos de comutação para telefonia, no primeiro setor, e herbicidas para uso na agricultura no segundo.

Entre as categorias de uso, os resultados permaneceram positivos frente a setembro do ano passado, com o segmento de bens de capital (15,9%) apontando crescimento bem acima do total da indústria (6,3%).


Os setores produtores de bens intermediários (5,9%) e de consumo semi e não duráveis (5,8%) tiveram taxas próximas da média global, enquanto bens de consumo duráveis (-0,2%) foi a única categoria com resultado negativo.

No primeiro segmento, sobressaiu a maior produção do subsetor de bens de capital para equipamentos de transporte (28,1%), vindo a seguir as influências de bens de capital para construção (78,5%), para fins industriais (22,7%) e agrícolas (33,6%). Os subsetores de bens de capital para uso misto (-2,6%) e para energia elétrica (-0,6%) pressionaram negativamente o total da categoria de uso.

Os setores de bens intermediários e de consumo semi e não duráveis prosseguiram com a sequência de taxas positivas iniciada em novembro de 2009. No primeiro segmento, o avanço foi sustentado, principalmente, pelos itens associados aos setores extrativo (13,6%), de veículos automotores (20,7%), de alimentos (13,9%), de minerais não metálicos (8,6%) e de metalurgia básica (3,8%), enquanto refino de petróleo e produção de álcool (-7,3%) e outros produtos químicos (-3,2%) exerceram pressões negativas. Vale destacar os desempenhos positivos dos grupamentos de insumos da construção civil (8,9%) e de embalagens (8,3%).

No setor de bens de consumo semi e não duráveis, todos os seus subsetores influenciaram positivamente, com destaque para outros não-duráveis (7,5%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (4,2%), carburantes (9,4%) e semiduráveis (2,9%), impulsionados pela maior produção de livros e medicamentos; refrigerantes, sucos concentrados de laranja, cervejas e chope; álcool e gasolina; e calças compridas e tênis de couro.

A produção de bens de consumo duráveis (-0,2%), que interrompeu 11 meses consecutivos de expansão na produção, foi pressionada negativamente pelos recuos na fabricação de telefones celulares (-17,1%) e de eletrodomésticos (-9,9%), tanto os de "linha branca" (-10,5%) como os de "linha marrom" (-5,5%), uma vez que automóveis (5,3%), motocicletas (14,6%) e mobiliário (13,6%) permaneceram com resultados positivos nesse tipo de comparação.

 

Fonte: IBGE


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