Crescer 9,7% em um semestre, em relação ao semester anterior é algo que deveria ser motivo de (muita) comemoração em qualquer lugar do mundo! Certo? Errado! Aqui no RN, não é assim. Pelo menos não é assim quando o assunto são os números das vendas do comércio apurados com todo o esmero e exatidão inerentes a um instituto como o IBGE.
Quando saíram os números de junho (infelizmente eles saem com um atraso irritante), boa parte da imprensa e dos “analistas” de plantão começaram a buscar os motivos pelos quais o estado cresceu menos que a media nacional e por que, em junho, especificamente, ficou em penúltimo lugar no país.
Pára tudo! Gente, não é assim! Há peculiaridades nos estados. É uma safra de soja em Goiás, um movimento maior da economia no Sudeste, dados inflados pela redução do IPI em todo o país. É preciso, antes de buscar “culpados” pelo desempenho “aquém”(hein???!!!) do esperado, ver que número é esse. Elevar em 6,6% as vendas em junho e em 9,7% na média do semestre é volume de crescimento digno da China, com todo o seu mercado mastodôntico. Não dá para simplesmente achar que este número é ruim só porque alguns estados como o Tocantins (!!!) cresceu mais de 20% suas vendas no período. Ora, o Tocantins, com todo o respeito, ainda é um estado de população meio nômade e que vive ao sabor do movimento de safras em estados vizinhos. Resumindo, eles têm as particularidades deles. E nós, as nossas.
Eu, particularmente, estou esperando ansiosamente pelos dados do segundo semestre. Julho (com o turismo), agosto (com o Liquida Natal), setembro e daí por diante… Tenho certeza que fecharemos o ano com um crescimento médio acima ou muito próximo, dos dois dígitos. Num ano em que o PIB vai crescer 5%, 6% no máximo (eu aposto em menos de 5%). O que vocês querem mais!?