Atraso na entrega de apartamentos frustra sonho da casa própriaPor se sentirem prejudicados, compradores de um condomínio fechado, localizado em Nova Parnamirim, recorrem ao Procon. |
Por: Annapaula Freire
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Um condomínio fechado em Nova Parnamirim com salão de festas, playground, espaço fitness, piscina e outras comodidades. O que era a realização do sonho da casa própria virou pesadelo para os compradores das 560 unidades habitacionais do condomínio Nimbus Residence. A entrega do imóvel, prevista para outubro de 2010, foi adiada e, segundo informações da empresa responsável pela construção (MRV Engenharia), somete será realizada em agosto desse ano.
A demora estimulou os compradores a organizarem uma reunião, em fevereiro, com a diretoria do Procon. Com mais de 50 inscritos, a reunião irá discutir as pelejas dos moradores.
O jornalista George Fernandes é um dos prejudicados pelo atraso, que ele considera, “monstruoso” na entrega do empreendimento. Na ocasião da compra, em abril de 2009, George foi informado de que receberia o imóvel em outubro de 2010. A MRV, conforme o jornalista, adiou a entrega por cinco vezes para, finalmente, traçar 31 de agosto desse ano como prazo final.
“Mas, analisando o contrato assinado com a Caixa Econômica em novembro de 2009, a MRV, por incrível que possa parecer, ainda está no prazo, que se encerra definitivamente em fevereiro de 2012, próximo mês. E o novo prazo de entrega previsto pela própria MRV é agosto de 2012, ou seja, eles vão atropelar o limite do prazo de entrega”, relata. Para adquirir o imóvel, George deu uma entrada de, aproximadamente, R$10 mil e parcelou o restante do valor em 15 anos pela Caixa Econômica Federal. O apartamento valia, à época, R$130 mil.
Como motivos do atraso, a MRV comunicou a George e aos outros compradores: a falta de material de construção e mão-de-obra no mercado, burocracia junto a Prefeitura de Parnamirim, chuvas e uma obra de drenagem que seria de responsabilidade da Prefeitura de Parnamirim.
Outra queixa dos consumidores foi a cobrança de uma taxa extra nomeada de “fase da obra”, paga à Caixa Econômica Federal. De acordo com George, a taxa é uma espécie de seguro cobrada pelo o imóvel ainda não ter sido entregue, que, entretanto, não foi informada no ato da compra. Funcionários da Caixa teriam informado aos compradores que a cobrança era abusiva e que era um pagamento a ser realizado pela MRV. Na dúvida, George e outros consumidores deixaram de pagar a prestação referente à taxa.
Além das problemáticas já citadas, George tem uma ação na justiça, que cobra o ressarcimento de valores requisitados no ato da compra. Por exemplo, valores com assessoria financeiro-jurídica e comissão de corretagem. Segundo seu advogado, são cobranças indevidas. “Frustração é o que resume tudo isso”, desabafou. Atualmente, o jornalista vive com a esposa no apartamento de uma tia.
MRV
A reportagem do Portal Mercado Aberto entrou em contato com a assessoria de imprensa da MRV Engenharia, porém até o final do fechamento dessa edição, a empresa não respondeu o email com os questionamentos.
O Nimbus Residence conta com sete torres e 560 apartamentos de vários tipos: de um quarto com suíte, dois quartos com ou sem suíte, e três quartos com suíte; além de vaga de garagem, opção por varanda e cobertura duplex. O condomínio fechado será localizado na Avenida Abel Cabral, em Nova Parnamirim.