Valorização do produto eleva desempenho da fruticultura potiguarApós conquistar a Europa, produtores querem ganhar os EUA. |
Por: Annapaula Freire
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A fruticultura potiguar atravessa um excelente momento no que diz respeito às exportações e ocupa privilegiada posição no ranking dos produtos mais vendidos para o mercado externo. De acordo com dados divulgados, nessa quinta-feira (12), pela Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico (Sedec), somados ao melão e castanha de caju, as exportações das principais frutas do Rio Grande do Norte alcançaram U$ 135,2 milhões, o que representa 48% de todas as vendas externas realizadas em 2011.
Para o presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX), Segundo de Paula, o índice é considerado satisfatório, porém o setor precisa se qualificar mais, se quiser exercer todo o seu potencial e alcançar números ainda mais elevados – como os já registrados antes da crise econômica na Europa.
Não é à toa que os fruticultores passem por uma boa maré. Além da utilização de sementes de melhor qualidade, para conquistar novos mercados, os produtores locais utilizam a estratégia de agregar valor às frutas produzidas em território local.
Destaque da fruticultura potiguar e campeão de exportações, o melão produzido em Mossoró conquistou em 2011 a Indicação Geográfica (IG). O selo de qualidade impulsiona as vendas da fruta e atesta a qualidade de seu processo de produção. “A IG tornou o melão de Mossoró uma grife. Esse selo irá identificar a qualidade, aumentando o preço da fruta. E ainda vai melhorar nossos custos”, disse.
Novas perspectivas de mercado
Os consumidores dos Estados Unidos são o próximo alvo dos fruticultores potiguares. A conquista do mercado europeu já é um fato, de acordo com Segundo, os produtores trabalham para aumentar as vendas para um dos maiores consumidores do mundo: os americanos. Incrementar as importações também é um dos objetivos do setor para 2012.
A divulgação das frutas é outro empenho dos produtores com a Feira Internacional da Fruticultura Irrigada (Expofruit). “A Expofruit é uma vitrine para atrair compradores de todo o mundo e assim adicionar cada vez mais para a economia local”, defende.
Dos resultados apresentados, o setor não pode reclamar. Todavia, alguns pedidos da classe dependem diretamente do apoio governamental. De acordo com Segundo, existem ações da alçada do Governo Estadual que poderiam contribuir para a fruticultura potiguar desenvolver todo seu potencial. As medidas vão do âmbito da infraestrutura à tributação.
A finalização da estrada que liga Mossoró ao município de Baraúna contribuiria para o melhor transporte das frutas daquele pólo produtor, por exemplo. Outra questão é a compensação imediata dos impostos aos exportadores (conforme determinação da lei Kandir). Há ainda a necessidade de um órgão de pesquisa para Mossoró, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Bons frutos
Em números gerais, o RN atingiu o valor de U$ 281,2 milhões em produtos exportados, representando ligeira queda de 1,2% em relação ao ano de 2010, quando exportou U$ 284,7 milhões. E o melão liderou as vendas, como principal item da pauta externa com vendas de U$ 50,6 milhões e uma variação positiva de 10,6% em relação ao ano de 2010 (U$ 45,7 milhões).
A menina dos olhos da fruticultura potiguar – o melão – teve também outra boa marca: o incremento de 9,6% no preço médio de venda para o mercado externo. Enquanto em 2010 foram comercializadas 71,5 mil toneladas de melão, em 2011 foram 72,1 mil toneladas.
Vale destacar ainda o bom desempenho da banana, na 5ª posição (U$ 13,6 milhões), da manga, na 8ª posição (U$ 10,8 milhões), melancia, na 12ª posição (U$ 6,0 milhões) e ainda o mamão, na 19ª posição (U$ 4,0 milhões).