Salesiano 26/08/24

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13/01/2012 15h23

Exportações do RN mantêm equilíbrio em 2011

As importações somaram apenas U$ 242,6 milhões em 2011, reduzidas em 24,0% em relação aos U$ 319,4 milhões de 2010.


O Rio Grande do Norte manteve praticamente o mesmo ritmo de exportações em 2011 com a venda na ordem de U$ 281,2 milhões, representando ligeira queda de 1,2% em relação ao ano de 2010, quando exportou U$ 284,7 milhões. Os dados da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec) apontam também a recuperação do melão que voltou a ser o principal item da pauta externa, com vendas de U$ 50,6 milhões e uma variação positiva de 10,6% em relação ao ano de 2010 (U$ 45,7 milhões).

Outro dado positivo para os produtores do melão foi o aumento no preço médio de venda para o mercado externo. Enquanto em 2010 foram comercializadas 71,5 mil toneladas, em 2011 foram 72,1 mil toneladas. De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Comercial da Sedec, Otomar Lopes Cardoso Júnior isso significa que o volume exportado aumentou em apenas 0,9% e o valor médio do melão teve um incremento de 9,6%.

"O melhor preço obtido é resultado também de uma política de oferta de produtos com maior valor agregado (melão com melhores preços no mercado comprador), uma estratégia que os produtores do estado anunciaram em anos anteriores como alternativa à crise do consumo, de produzir melões mais selecionados com melhores preços", analisa Otomar Cardoso.

Em segundo lugar na pauta, a castanha de caju movimentou U$ 50,2 milhões em 2011 com um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior. Cerca de 60% do volume vendido no exterior teve como destino os Estados Unidos (maiores compradores mundiais do produto); Canadá, Reino Unido e Holanda são outros mercados importantes para o produto potiguar.
 
O pescado, com a chegada de investidores japoneses em parceria com empresa local, alcançou o quarto lugar entre os produtos destinados ao mercado consumidor externo, com um expressivo crescimento de 83,4% em 2011, alcançando a marca de U$ 17,9 milhões (em 2010 foram U$ 9,8 milhões). Um comprador de pouca relevância em anos anteriores, o Japão já se posiciona no oitavo lugar no ranking dos maiores destinos da produção norte-rio-grandense, com U$ 10,5 milhões em compras enquanto em 2010 comprou somente U$ 273,1 mil.

A fruticultura ocupa relevante espaço nas vendas para o mercado externo com a banana, na 5ª posição (U$ 13,6 milhões), manga, na 8ª posição (U$ 10,8 milhões), melancia, na 12ª posição (U$ 6,0 milhões) e ainda o mamão, na 19ª posição (U$ 4,0 milhões). Somados ao melão e castanha de caju, as exportações das principais frutas do Rio Grande do Norte alcançaram U$ 135,2 milhões, o que representa 48% de todas as vendas externas realizadas em 2011.

O setor industrial aparece na 6ª posição com os produtos de confeitaria e vendas da ordem de U$ 12,7 milhões, ainda abaixo do patamar no ano passado em virtude da reestruturação do setor com a entrada no mercado de nova empresa, também localizada no município de Macaíba.  Já o setor têxtil manteve-se bem posicionado com as chamadas roupas de cama e vendas de U$ 11,5 milhões em 2011, ocupando o 7º lugar no ranking estadual; praticamente a totalidade desses produtos foi destinada para a vizinha Argentina.
       
O setor mineral teve forte expansão no comércio internacional em 2011 com o granito, o tungstênio e o ferro; para os dois primeiros produtos o crescimento anual foi de 28,7% e 365,2%, respectivamente. O minério de ferro, depois de longa ausência na pauta externa do estado, reapareceu com um volume da ordem de U$ 3,2 milhões, ocupando a 21ª posição entre os principais itens vendidos ao exterior pelo Rio Grande do Norte.
        
O mel também recuperou seu espaço no mercado global em 2011, com U$ 4,5 milhões exportados, ante a queda verificada em 2010 (U$ 1,8 milhão). O mercado dos Estados Unidos foi responsável pela compra de 95% do mel potiguar destinado ao comércio exterior.
               
Um item menos repetitivo na balança comercial, mas que apareceu pelo segundo ano consecutivo, foi a exportação de energia elétrica, no valor de U$ 1,4 milhão, em bem menor escala do que o realizado em 2010, quando se aproximou dos U$ 9,4 milhões. Desta vez, apesar do destino manter-se no Mercosul - em razão de acordos internacionais  - foi o Uruguai o único comprador, substituindo a Argentina, no ano anterior.
 
Segundo análise inicial da coordenadoria de Desenvolvimento Comercial da Sedec, 15 os produtos da pauta externa que apresentaram indicadores superiores em relação ao ano anterior merecendo o devido destaque para o melão, mel, peixes e o setor mineral devem permanecer em alta durante esse ano, gerando uma expectativa positiva para o conjunto da economia exportadora no estado.
        
Com a implantação de novos empreendimentos no estado previstos para os próximos três anos (Copa do Mundo e Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante), novas fronteiras comerciais devem oferecer oportunidades de negócios e de promoção também no comércio exterior. "A expectativa, apesar das incertezas externas, é de que em 2012 as exportações do Rio Grande do Norte continuem a repetir seu conceito tradicional, de crescimento ano a ano. Em 2011 voltamos a ser superavitários, com um saldo comercial de U$ 38,6 milhões. A meta é manter o crescimento das exportações e ampliar as importações que possam gerar novos negócios sem competir com o produto local", destaca Otomar Cardoso.
 
Importações 
Com a ausência de importações de equipamentos para a indústria de energia eólica realizada diretamente por empresas registradas no Rio Grande do Norte, as importações somaram apenas U$ 242,6 milhões em 2011, reduzidas em 24,0% em relação aos U$ 319,4 milhões de 2010 (dos quais metade foi de equipamentos para o segmento de energia eólica).
        
O trigo ampliou sua liderança entre os principais itens importados com U$ 38,2 milhões e um aumento de 46,2% se comparado ao ano de 2010. As matérias-primas para o setor industrial ocuparam elevada parcela das importações do estado, concentradas essencialmente em polietileno, polipropileno, polímeros/copolímeros, chapas, etc.
        
O setor têxtil-confecção manteve seu ritmo de investimentos ao longo de 2011, de acordo com as importações registradas de algodão, com U$ 8,5 milhões. Mas, é na importação em máquinas/equipamentos e suas peças de reposição que o valor é mais expressivo: U$ 12,6 milhões e U$ 3,5 milhões, respectivamente, o que significou um aumento da ordem de 214,7% e de 3,5% respectivamente, em relação ao ano de 2010.
        
Dentre os itens que ultrapassaram a barreira de U$ 1,5 milhão em importação (74,5%) praticamente todos não encontram produção local que afete a competitividade das empresas locais. Algumas das empresas que produzem no estado dependem essencialmente das importações para manterem seu parque industrial em atividade, como é, por exemplo, o caso do trigo.
        
Para Otomar Cardoso, a aprovação do programa Import RN deverá ampliar as oportunidades de novos negócios no Estado. "Como o Import RN não beneficia produtos que possam afetar as empresas já instaladas, cada novo item importado poderá corresponder a novos negócios no Estado. É o lado positivo das importações que devemos aproveitar: mais empresas, mais empregos".

Fonte: Assessoria de Imprensa Sedec


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