Exportações do RN mantêm equilíbrio em 2011As importações somaram apenas U$ 242,6 milhões em 2011, reduzidas em 24,0% em relação aos U$ 319,4 milhões de 2010. |
notícias relacionadas
- Exportações brasileiras têm superávit de US$ 1,168 bilhão em agosto
- Exportações na safra 2012/2013 somam US$ 100,61 bilhões e batem recorde
- Exportações de carne de frango registram alta de 3,3%
- Exportações do RN crescem 21%, castanha lidera alta
- Produtores definem estratégias de atuação nos mercados internacionais
- Exportações do RN aumentam 28,9% em abril
- Agronegócio: exportação soma R$ 26 bi no quadrimestre
- Cooperativas bateram recorde de exportações em janeiro
- Brasil chega cerca de 2 milhões de tonelada de arroz exportadas
- Exportações do RN registram alta de 50% em janeiro
- Segunda semana de janeiro registra déficit de US$ 589 milhões nas exportações
- Exportações de pescado do crescem 83,4% no RN em 2011
- Valorização do produto eleva desempenho da fruticultura potiguar
- Exportações do agronegócio atingem maior índice dos últimos 14 anos
- Governo prepara medidas de incentivo às exportações
- Balança comercial teve superávit de US$ 29,8 bilhões em 2011
- Exportações brasileiras já ultrapassaram US$ 250 bilhões neste ano
- Faturamento do setor de máquinas e equipamentos cresce 10% este ano
- Recorde histórico nas exportações pode ampliar meta para 2011
- Superávit comercial até junho é 64,6% maior que o do 1º semestre de 2010
- Balança comercial tem saldo positivo de US$ 312 milhões em novembro
- Exportações do RN crescem quase 8% em outubro
O Rio Grande do Norte manteve praticamente o mesmo ritmo de exportações
em 2011 com a venda na ordem de U$ 281,2 milhões, representando ligeira
queda de 1,2% em relação ao ano de 2010, quando exportou U$ 284,7
milhões. Os dados da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec)
apontam também a recuperação do melão que voltou a ser o principal item
da pauta externa, com vendas de U$ 50,6 milhões e uma variação positiva
de 10,6% em relação ao ano de 2010 (U$ 45,7 milhões).
Outro dado
positivo para os produtores do melão foi o aumento no preço médio de
venda para o mercado externo. Enquanto em 2010 foram comercializadas
71,5 mil toneladas, em 2011 foram 72,1 mil toneladas. De acordo com o
coordenador de Desenvolvimento Comercial da Sedec, Otomar Lopes Cardoso
Júnior isso significa que o volume exportado aumentou em apenas 0,9% e o
valor médio do melão teve um incremento de 9,6%.
"O melhor preço
obtido é resultado também de uma política de oferta de produtos com
maior valor agregado (melão com melhores preços no mercado comprador),
uma estratégia que os produtores do estado anunciaram em anos anteriores
como alternativa à crise do consumo, de produzir melões mais
selecionados com melhores preços", analisa Otomar Cardoso.
Em
segundo lugar na pauta, a castanha de caju movimentou U$ 50,2 milhões em
2011 com um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior. Cerca de 60% do
volume vendido no exterior teve como destino os Estados Unidos (maiores
compradores mundiais do produto); Canadá, Reino Unido e Holanda são
outros mercados importantes para o produto potiguar.
O pescado,
com a chegada de investidores japoneses em parceria com empresa local,
alcançou o quarto lugar entre os produtos destinados ao mercado
consumidor externo, com um expressivo crescimento de 83,4% em 2011,
alcançando a marca de U$ 17,9 milhões (em 2010 foram U$ 9,8 milhões). Um
comprador de pouca relevância em anos anteriores, o Japão já se
posiciona no oitavo lugar no ranking dos maiores destinos da produção
norte-rio-grandense, com U$ 10,5 milhões em compras enquanto em 2010
comprou somente U$ 273,1 mil.
A fruticultura ocupa relevante
espaço nas vendas para o mercado externo com a banana, na 5ª posição (U$
13,6 milhões), manga, na 8ª posição (U$ 10,8 milhões), melancia, na 12ª
posição (U$ 6,0 milhões) e ainda o mamão, na 19ª posição (U$ 4,0
milhões). Somados ao melão e castanha de caju, as exportações das
principais frutas do Rio Grande do Norte alcançaram U$ 135,2 milhões, o
que representa 48% de todas as vendas externas realizadas em 2011.
O
setor industrial aparece na 6ª posição com os produtos de confeitaria e
vendas da ordem de U$ 12,7 milhões, ainda abaixo do patamar no ano
passado em virtude da reestruturação do setor com a entrada no mercado
de nova empresa, também localizada no município de Macaíba. Já o setor
têxtil manteve-se bem posicionado com as chamadas roupas de cama e
vendas de U$ 11,5 milhões em 2011, ocupando o 7º lugar no ranking
estadual; praticamente a totalidade desses produtos foi destinada para a
vizinha Argentina.
O setor mineral teve forte expansão
no comércio internacional em 2011 com o granito, o tungstênio e o ferro;
para os dois primeiros produtos o crescimento anual foi de 28,7% e
365,2%, respectivamente. O minério de ferro, depois de longa ausência na
pauta externa do estado, reapareceu com um volume da ordem de U$ 3,2
milhões, ocupando a 21ª posição entre os principais itens vendidos ao
exterior pelo Rio Grande do Norte.
O mel também
recuperou seu espaço no mercado global em 2011, com U$ 4,5 milhões
exportados, ante a queda verificada em 2010 (U$ 1,8 milhão). O mercado
dos Estados Unidos foi responsável pela compra de 95% do mel potiguar
destinado ao comércio exterior.
Um item menos
repetitivo na balança comercial, mas que apareceu pelo segundo ano
consecutivo, foi a exportação de energia elétrica, no valor de U$ 1,4
milhão, em bem menor escala do que o realizado em 2010, quando se
aproximou dos U$ 9,4 milhões. Desta vez, apesar do destino manter-se no
Mercosul - em razão de acordos internacionais - foi o Uruguai o único
comprador, substituindo a Argentina, no ano anterior.
Segundo
análise inicial da coordenadoria de Desenvolvimento Comercial da Sedec,
15 os produtos da pauta externa que apresentaram indicadores superiores
em relação ao ano anterior merecendo o devido destaque para o melão,
mel, peixes e o setor mineral devem permanecer em alta durante esse ano,
gerando uma expectativa positiva para o conjunto da economia
exportadora no estado.
Com a implantação de novos
empreendimentos no estado previstos para os próximos três anos (Copa do
Mundo e Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante), novas
fronteiras comerciais devem oferecer oportunidades de negócios e de
promoção também no comércio exterior. "A expectativa, apesar das
incertezas externas, é de que em 2012 as exportações do Rio Grande do
Norte continuem a repetir seu conceito tradicional, de crescimento ano a
ano. Em 2011 voltamos a ser superavitários, com um saldo comercial de
U$ 38,6 milhões. A meta é manter o crescimento das exportações e ampliar
as importações que possam gerar novos negócios sem competir com o
produto local", destaca Otomar Cardoso.
Importações
Com
a ausência de importações de equipamentos para a indústria de energia
eólica realizada diretamente por empresas registradas no Rio Grande do
Norte, as importações somaram apenas U$ 242,6 milhões em 2011, reduzidas
em 24,0% em relação aos U$ 319,4 milhões de 2010 (dos quais metade foi
de equipamentos para o segmento de energia eólica).
O
trigo ampliou sua liderança entre os principais itens importados com U$
38,2 milhões e um aumento de 46,2% se comparado ao ano de 2010. As
matérias-primas para o setor industrial ocuparam elevada parcela das
importações do estado, concentradas essencialmente em polietileno,
polipropileno, polímeros/copolímeros, chapas, etc.
O
setor têxtil-confecção manteve seu ritmo de investimentos ao longo de
2011, de acordo com as importações registradas de algodão, com U$ 8,5
milhões. Mas, é na importação em máquinas/equipamentos e suas peças de
reposição que o valor é mais expressivo: U$ 12,6 milhões e U$ 3,5
milhões, respectivamente, o que significou um aumento da ordem de 214,7%
e de 3,5% respectivamente, em relação ao ano de 2010.
Dentre
os itens que ultrapassaram a barreira de U$ 1,5 milhão em importação
(74,5%) praticamente todos não encontram produção local que afete a
competitividade das empresas locais. Algumas das empresas que produzem
no estado dependem essencialmente das importações para manterem seu
parque industrial em atividade, como é, por exemplo, o caso do trigo.
Para
Otomar Cardoso, a aprovação do programa Import RN deverá ampliar as
oportunidades de novos negócios no Estado. "Como o Import RN não
beneficia produtos que possam afetar as empresas já instaladas, cada
novo item importado poderá corresponder a novos negócios no Estado. É o
lado positivo das importações que devemos aproveitar: mais empresas,
mais empregos".
Fonte: Assessoria de Imprensa Sedec