Ministro garante que isenção de frete será prorrogada para setor salineiroIndústria salineira depende da prorrogação para ter condições de competir com o sal chileno. |
Por: Felipe Gibson
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Os empresários da indústria salineira receberam uma garantia importante para a competitividade do setor nos próximos anos. Em reunião nesta quarta-feira (8) em Brasília, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel assumiu o compromisso de editar uma medida provisória para prorrogar a isenção do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante.
A isenção se encerrará no dia 8 de janeiro de 2012, o que mobiliza os representantes da indústria, principalmente pela competição dentro do mercado nacional com o sal chileno. O produto do Chile chega ao Brasil isento do frete devido a um acordo comercial existente entre os dois países.
Para o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Sal (Siesal), Airton Torres, a reunião teve "êxito fatal" quanto à prorrogação do benefício. A expectativa é que a isenção continue por mais dez anos. "O ministro disse que editará uma medida provisória específica ou vai inserir um artigo nas medidas provisórias que já tramitam no Congresso", explica.
O RN foi representado no encontro por cerca de 15 empresários do setor salineiro, e teve também a presença de representantes da bancada federal potiguar, além da governadora Rosalba Ciarlini e o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho. "Com a união política em torno do pleito, estamos convencidos de que não haverá obstáculos para a prorrogação", comemora Airton Torres.
A isenção do adicional de frete já teve duas prorrogações. O benefício é a única forma de a indústria salineira competir com o Chile, que só tem de arcar com o combustível do frete para trazer o produto. Os chilenos são acusados pelos empresários brasileiros de praticar "dumping", vendendo sal a preços muito mais baixos que a média do mercado nacional.
"É evidente que não é uma situação confortável, mas é o que temos no momento. Não temos ainda uma solução definitiva", afirma o vice-presidente do Siesal, se referindo ao fato dos produtores nacionais precisarem prorrogar a isenção para não perder espaço. Hoje o Rio Grande do Norte é responsável por 95% da produção de sal do Brasil.