Cade investiga conduta discriminatória no mercado de gásA conduta da estatal teria o objetivo de favorecer as distribuidoras em detrimento da Companhia de Gás de São Paulo – Comgás. |
notícias relacionadas
- Investigação sobre Cunha não terá desfecho rápido, diz analista político
- BC eleva projeção para aumento do preço do gás para 3%
- PF deflagra operação para prender quadrilha que teria desviado R$ 3 bilhões
- Bendine: Petrobras está revendo investimentos para priorizar setor mais rentável
- Produção de petróleo cresce 13,3% no País em novembro, informa a ANP
- Produção de petróleo e gás natural no Brasil é recorde em julho
- Potigás comemora revisão de margem do gás natural no RN
- Convênio assegura investimento de R$ 1,5 milhão em capacitação
- Redepetro quer implantar Sociedade Garantidora de Crédito
- Produção de gás natural em junho é a maior já registrada no país
- Consumo de gás natural bate recorde dos últimos 15 meses
- CT-Gás comemora 10 anos de atividade
- Procon constata aumento médio de 1% no preço do etanol e de 0,58% na gasolina
- Produção de petróleo e gás no país em 2011 ficou perto da marca de 1 bilhão de barris
- Preço da gasolina e do gás pode não sofrer reajuste este ano
- Potigás irá implementar gás natural em 15 mil casas até 2014, almeja presidente
- Repasse de royalties em setembro supera os R$ 34 milhões
- Empresários potiguares participam de rodada de negociações na Escócia
- Empresários potiguares participam de missão na Escócia
- Pequenas empresas de petróleo e gás são beneficiadas com programa do BNDES
- Petrobras mantém meta de produção para 2011, mas reduz investimentos
- Consumo de gás natural cresce 9,66% no semestre em relação ao ano passado
- Preços de combustíveis registram ligeira queda, diz Procon
- Comitê Nacional de Erradicação do Comércio Irregular de Gás LP se reúne hoje em Natal
- Royalties rendem mais de R$ 185 milhões ao RN no primeiro semestre
- RN recebe maior repasse de royalties desde setembro 2008
- Petrobras e UFRN inauguram laboratório de Geofísica Aplicada
- Produção potiguar de petróleo e gás natural avança 3,3% em março
- Brasil ainda queima 7% do gás que produz
- Gás natural terá desconto médio de 9,7% entre maio e julho
- Repasse de royalties em março é superior a R$ 30 milhões
- Carteira da Caixa passa de R$ 3 bilhões no setor de petróleo e gás
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou, nesta quinta-feira (12), processo administrativo para investigar a existência de conduta anticompetitiva no fornecimento de gás pela Petrobras. A conduta da estatal teria o objetivo de favorecer as distribuidoras em detrimento da Companhia de Gás de São Paulo – Comgás.
De acordo com a denúncia encaminhada ao Cade pela Comgás, a alegada atuação discriminatória da Petrobras teria começado em 2011, quando a estatal deu início a um programa de desconto nos preços do gás natural. A Petrobras possui dois tipos de contratos para o fornecimento desse gás: o primeiro se refere a novas políticas de preços (NPP) e inclui gás nacional, boliviano e importado por navios; o segundo é o TCQ (sigla em inglês para a capacidade de transporte alcançada), que está vinculado exclusivamente à fonte boliviana. A Petrobras, no entanto, concedeu o benefício dos descontos apenas aos contratos da NPP.
A Comgás, que opera nas cidades de São Paulo, Santos, Campinas e região, obtém gás natural das duas modalidades de contratos existentes. Desse modo, a empresa declarou que a política de descontos da Petrobras favorece as distribuidoras que recebem gás somente por meio dos contratos da NPP, como, por exemplo, a Gás Brasiliano Distribuidora, de propriedade da Petrobras e situada em área adjacente à da Comgás, no oeste paulista.
Além disso, a Comgás apontou que o contrato exclusivamente boliviano, que não foi contemplado com o desconto, possui alto peso no preço final do seu produto, o que fez com que a tarifa final de gás na sua região ficasse mais cara para os consumidores.
A Superintendência-Geral do Cade entendeu haver indícios de potencial conduta discriminatória e constatou que a ausência de descontos no contrato exclusivamente boliviano pode ter causado uma falta de competitividade do gás comercializado nos locais atendidos pela Comgás. Já o gás vendido nas regiões onde era adotada apenas a NPP foi potencialmente beneficiado e teria tido sua competitividade mantida. A Superintendência verificou que, se comprovada a prática, poderia haver danos à concorrência decorrentes do aumento da tarifa de gás na região da Comgás e do consequente deslocamento de indústrias para as áreas artificialmente favorecidas.
Com a instauração do processo administrativo, a Petrobras será notificada para apresentar defesa. Ao final da instrução, a Superintendência-Geral opinará pela condenação ou arquivamento do caso, encaminhando-o para julgamento pelo Tribunal do Cade.
Fonte: Agência Brasil