Atire a primeira pedra quem nunca comprou um DVD pirata ou, para os mais "plugados" baixou uma jail break para poder usar aplicativos e programas piratas em pagar por eles.
Infelizmente, no Brasil, a antiga "Lei de Gerson", imortalizada em um commercial da década de 70, é um raro exemplo de modernização supersônica. Todo mundo aqui está, sempre, querendo se dar bem.
O jornal Folha de São Paulo desta quinta-feira traz uma reportagem sobre o AZBox. Eu confesso que nuca tinha ouvido falar dele. Descobri que se trata da mais nova personificação desta famigerada mania nacional.
O aparelhinho, vendido por uma mixaria em sites e até em aglumas lojas de eletrônica, nada mais é do que um caminho fácil e barato para ter acesso a todos - eu disse todos - os canais pagos de TV no Brasil, inclusive os de pay-per-view.
Conectado a uma antena, o aparelho quebra os códigos de segurança da programação e pronto! Sem pagar um tostão, o "esperto comprador" passa a ter acesso a conteúdos que custam alguns milhares de reais para ser produzidos ou para ter seus direitos de transmissão iberados. O mesmo conteúdo pelo qual que os reles mortais pagam algumas centenas de reais por mês.
Como eu acredito que adianta muito pouco alertar que quem pratica este tipo de crime pode ser enquadrado na Lei e pegar até um ano de cadeia - até porque, como "todo mundo faz", a fiscalização é dificultada e até induz ao crime - apelo aqui para outro argumento: gente propriedade intelectual, direito autoral, são coisas sérias.
Como aferir quanto vale uma boa ideia, um bom projeto, um grande talento? Uma coisa é certa: nao pode, não deve, nunca, valer menos que a tola e condenável mania de se achar mais esperto que a esperteza!