A retração de mais de 5% (exatos 5,2%) nas vendas do setor de automóveis foi determinante para o desempenho negativo do Comércio Varejista potiguar em fevereiro. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 13.04, pelo IBGE, as vendas no Rio Grande do Norte no segundo mês de 2012 no chamado Comércio Varejista Ampliado registraram queda de 1%. Enquanto isso, no Comércio Varejista Restrito, que exclui os setores de Automóveis e Materiais de Construção, o índice potiguar foi de crescimento de 5,7%. No acumulado do ano, o Varejo Ampliado emplaca alta de 0,9% e o Restrito alta de 2,1%.
Os números ficaram dentro do que era esperado pela Federação do Comércio do Rio Grande do Norte e apontam que de fato os crescimentos registrados em 2012 tendem a ser bem menores que os de 2011. "Já tínhamos dados preliminares de que as vendas do segmento automotivo estavam em queda e que havia uma tendência de estabilidade no setor de Materiais de Construção em fevereiro. Sabíamos que estes dois indicadores iriam pesar muito no dado final. Além disso, com o fraco desempenho do setor turístico, nossas expectativas para o restante do varejo não eram das melhores. Crescer 5,7% neste caso eu até diria que foi uma surpresa positiva para nós", afirma o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz.
O surpreendente aumento de vendas no varejo restrito teria se dado, segundo Queiroz, sobretudo devido a algumas promoções realizadas pelo varejo e também por questões mais sazonais em alguns segmentos como o de livrarias e supermercados. "Certamente, se tivéssemos conseguido trazer mais turistas para Natal os meses de janeiro e fevereiro teriam registrado números muito melhores", diz Queiroz. "Basta olharmos para o número de fevereiro de 2011, quando registramos alta de 13,4%", completa ele.
Para março, a expectativa é de que o percentual de aumento de vendas melhores um pouco na esteira da recuperação dos setores de automóveis e materiais de construção, além dos reflexos dos novos incentivos (redução de IPI) autorizados pelo governo federal (foram incluídos setores como móveis e decoração e prorrogadas as isenções para a chamada linha branca).