Atual cenário econômico nacional e internacional.
01/02/2015 17h02
A queda no preço das commodities e também as expectativas de baixo crescimento e alta inflação para 2015 impactaram negativamente no principal índice da bolsa brasileira, o IBOVESPA.
O novo ministro da fazenda, Joaquim Levy, anunciou uma rodada de ajustes econômicos, que devem continuar ao longo do ano de 2015.
O Banco Central elevou a taxa de juros para 12,25%a.a., e crescem as expectativas de mais altas, principalmente pela possibilidade de a inflação estar nos patamares superiores a 7% a.a.
A confiança do mercado também foi abalada pela crise hídrica no país, que gera rumores sobre a possibilidade de racionamento de energia elétrica.
Nos EUA, o índice S&P encerrou o mês em queda também, e os investidores aguardam o FOMC sinalizar novo ajuste na taxa de juros. Esse é o principal fator influenciador do mercado, já que a economia continua apresentando sinais de força. O PIB 4T14 ficou abaixo das expectativas do mercado e espera-se que o 1T15 seja afetado pela situação climática e assim encerre de maneira negativa. A baixa cotação do petróleo influenciou também para baixo a inflação, o que sinaliza que o FED pode manter ainda baixa a taxa de juros.
O composto europeu encerrou o mês em alta, impulsionado pelo programa quantitativo de €60 bilhões por mês, que pode atingir valor superior a €1 trilhão, anunciado pelo BCE para combater o baixo crescimento e a queda da inflação na região, potencializada pela queda nas cotações do petróleo.
O euro apresentou desvalorização, motivada pela ação do BCE ter se mostrado mais forte que a expectativa do mercado, e isso fez com que aumentassem as expectativas dos lucros das exportadoras nos próximos trimestres.
Na China, a especulação de maior controle governamental sobre operações alavancadas no mercado financeiro gerou realizações no mercado local e levou o composto chinês a encerrar o mês em queda após oito meses de consecutivas altas.
Em 2014 o país apresentou leve alta sobre o crescimento esperado. Fechou o ano com 7,4% de crescimento, frente os 7,3% esperados. O governo deve continuar a promover leves ajustes para estimular a economia, sem grandes efeitos esperados.
Adm. Roberto Davi Miranda
Consultor Financeiro
e-mail: robertodavi22@hotmail.com / Twitter: @rdavimiranda
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