SELIC alta promove baixa na Bolsa.
18/04/2013 12h31
Ontem à noite (17/04/13) o Comitê de Política
Monetária (COPOM) anunciou depois de um ciclo de afrouxamento monetário, um
reajuste para mais na taxa básica de juros, a SELIC.
O reajuste foi de 0,25 pontos percentuais,
elevando a taxa SELIC para 7,5%a.a.. Mesmo sendo aumentada, é válido salientar
que o nível atual da taxa de juros ainda está baixo frente aos patamares
históricos de 45%a.a., e mais recentemente, há dois anos aos patamares de
12,5%a.a.
Um dos efeitos de uma política de juros mais
baixos é o crescimento da economia, pois devido a isso, as pessoas passam a
consumir mais, as empresas passam a produzir mais e a contratar mais pessoas, o
governo arrecada mais impostos e a produção industrial, item inserido no
cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), aumenta por conseqüência. Porém, esta
política privilegia muito mais o crescimento da renda e do consumo, do que o
crescimento dos investimentos no país.
Quando se fala em renda variável versus renda
fixa, a maioria dos investidores prefere sempre a renda fixa, devido ao risco
ser inferior. No caso de alta de juros, investimentos de renda fixa ficam mais
atrativos aos investidores mais conservadores, o que promove uma debandada do
mercado de renda variável (bolsas) e consequentemente uma queda de preços de
ativos.
Os horizontes para taxas de juros ainda são
de baixa, isso pode no médio prazo ajudar o mercado de renda variável, pois
pode ainda obter investidores que prefiram esse mercado a rendimentos mais "seguros"
porém menos rentáveis.
Adm. Roberto Davi Miranda
Consultor Financeiro
e-mail: robertodavi22@hotmail.com / Twitter: @rdavimiranda
Indicadores |
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18/04/2013 |
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SELIC |
7,50 |
IPCA |
5,68 |
CÂMBIO |
2,00 |
IGP-M |
4,93 |
PIB |
3,00 |
PRODUÇÃO
INDUSTRIAL |
3,00 |
RELAÇÃO
DÍVIDA/PIB |
34,50 |
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