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10/02/2012 15h13 - Atualizado em 10/02/2012 15h21

Câmbio e paradas de unidades de produção influenciaram desempenho pior da Petrobras em 2011

Outra razão para a queda no lucro apontada pela estatal é a defasagem entre o preço do petróleo no mercado internacional e o valor mais baixo cobrado pela Petrobras.

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A queda de 5% nos lucros da Petrobras em 2011, em relação ao ano anterior, foi provocada por motivos como um grande número de paradas não programadas de unidades de produção e perdas com o câmbio, entre outros. O lucro líquido da estatal caiu de R$ 35,2 bilhões em 2010 para R$ 33,3 bilhões no ano passado.

Outra razão para a queda no lucro apontada pela estatal é a defasagem entre o preço do petróleo no mercado internacional e o valor mais baixo cobrado pela Petrobras. “Essa redução do lucro tem muito a ver essencialmente com os elementos conjunturais do preço e do câmbio e também com alguns impactos não controlados que tivemos na nossa produção, como as paradas não programadas”, disse o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, em entrevista coletiva na capital fluminense.

Segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, as paradas não programadas tiveram que ser feitas devido a um acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), no segundo semestre de 2010, a fim de reduzir riscos nas plataformas. Apenas essas paradas reduziram a produção, em média, em 40 mil barris de petróleo por dia. “Foi um ano difícil, em termos de paradas. Isso onerou os custos e reduziu as receitas”, disse Barbassa.

De acordo com o diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, as paradas programadas são previstas com um ano e meio de antecedência e envolvem um grande planejamento. Na comparação com esse tipo de parada, as não programadas acabam sendo “mais longas e dispendiosas”.

Outro resultado mostrado no balanço de 2011 da Petrobras, apresentado inicialmente ontem (9), é a redução dos investimentos da empresa. Em 2011, a estatal investiu R$ 72,5 bilhões, quase R$ 4 bilhões a menos do que no ano anterior. Segundo Gabrielli, a queda se deve a uma limitação da cadeia de suprimento, que, por causa da crise financeira internacional e do excesso de demanda, não foi capaz de entregar equipamentos a tempo.

Fonte: Agência Brasil


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