Investimento estrangeiro direto surpreende em setembroApesar dos números promissores em investimentos estrangeiros e comércio externo, BC espera déficit de US$ 54 bi. |
notícias relacionadas
- Gastos de brasileiros no exterior caem 62,5% em janeiro
- Contas do setor público têm déficit de R$ 11,5 bilhões em outubro
- Déficit fiscal do governo atinge R$ 20,9 bilhões de janeiro a setembro
- Governo reduz previsão de receita para 2015, mas não corta novos gastos
- Lider do PMDB no Senado diz que será difícil aprovar aumento de carga tributária
- Dilma vai ouvir empresários sobre aumento de impostos, diz Mercadante
- Déficit orçamentário põe pressão no país, diz Armínio Fraga
- Banco Central: atividade econômica de outubro indica déficit de 0,26%
- Turistas que vieram para a Copa gastaram mais de R$ 330 milhões em Natal, diz pesquisa da Fecomércio
- Turistas devem gastar R$ 6,7 bi no Brasil durante a Copa
- Fluxo cambial do país permanece com déficit em janeiro
- Balança tem o pior déficit semanal desde 1998
- Gastos dos estrangeiros que visitaram o país crescem 2,7% em 2012
- Mínimo deveria ser de R$ 2.514,09 para brasileiro arcar com despesas
- Gasto de turista brasileiro no exterior atinge maior nível em 15 meses
- Produtos farmacêuticos influenciam desaceleração de gastos com saúde em junho
- Cresce número de profissionais que planejam finanças pessoais no Brasil
- Segunda semana de janeiro registra déficit de US$ 589 milhões nas exportações
- Ipea mostra que gasto público é ineficiente quando comparado à arrecadação
- Cenário é favorável para cumprimento da meta de superávit primário este ano
- Déficit da Previdência chega a quase R$ 4 bilhões em agosto
- Brasil corre risco de desindustrialização mesmo com economia sólida
- Governo promete cumprir meta de superávit primário sem descontar gastos do PAC
- Presidenta Dilma Roussef sanciona LDO 2012 com 32 vetos
- Gastos com cartão de crédito no exterior sobem para US$ 1 bi em junho
- Gastos no exterior batem recorde, mas compras com cartão diminuem
- Gastos de brasileiros no exterior crescem 58% em abril
- Previdência registra déficit de R$ 5,7 bilhões em abril
- Gastos com viagens internacionais cresceram 47,1% em março
- Gastos de brasileiros com viagens internacionais crescem 67% no ano
- Governo anuncia corte de R$ 3,5 bilhões em novas contratações
- Gastos de brasileiros no exterior são recorde no em janeiro, diz Banco Central
- Gastos de brasileiros no exterior devem bater recorde este ano
A entrada de investimento estrangeiro direto (IED) no país somou US$ 6,326 bilhões no mês passado, com aumentos de 11,28% sobre o mês anterior e 11,7% em relação a setembro do ano passado. “Foi o melhor setembro em investimento estrangeiro desde 2004”, disse Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, ao divulgar hoje (25) o Relatório do Setor Externo. Por outro lado, quando se analisam os números com pagamento de juros da dívida, gastos e remessas ao exterior, o país caminha para o maior déficit nominal da história, acima de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo ele, a entrada de IED “foi maior do que esperávamos” e soma US$ 50,451 bilhões no acumulado janeiro-setembro. Mais que o dobro do IED registrado em igual período de 2010 (US$ 22,557 bilhões) e acima dos US$ 48,438 bilhões registrados em todo o ano passado. Como a entrada desses recursos mantém fluxo forte e ainda faltam três meses para o fim do ano, Maciel já acredita que a previsão de um acumulado de US$ 60 bilhões no ano, divulgada pelo BC, “é uma projeção conservadora”.
A essa melhora se soma uma expectativa mais favorável em relação ao saldo da balança comercial do ano passado, de acordo com o economista do BC. Embora admita que “o superávit deste mês será menor” que os US$ 3,074 bilhões do mês passado, ele trabalha com a perspectiva de saldo anual em torno de US$ 29 bilhões, uma vez que as exportações cresceram 32% no acumulado do ano, contra aumento de 28% nas importações. A evolução projetada para o ano é mais de 43% em relação aos US$ 20,221 bilhões de superávit comercial em 2010.
Apesar dos números promissores em investimentos estrangeiros e comércio externo, o BC projeta déficit de US$ 54 bilhões nas transações correntes este ano, equivalente a 2,23% do PIB, soma das riquezas produzidas no país. Em que pese o déficit dessa conta ter sido apenas US$ 2,2 bilhões em setembro, “o menor para o mês, desde 2007”, segundo Maciel, já soma US$ 35,983 bilhões no ano e US$ 47,988 bilhões nos últimos 12 meses (2,05% do PIB).
Será, portanto, o déficit nominal mais alto da história do país, em decorrência, principalmente, dos gastos externos com serviços e renda, que somam US$ 61,213 bilhões de janeiro a setembro. São US$ 27,838 bilhões com viagens e transportes internacionais, aluguel de equipamentos, royalties e licenças, computação e informações, serviços governamentais e seguros, entre outros. Já os US$ 33,375 bilhões de despesas com renda se referem a remessas de lucros e dividendos, juros e salários.
Fonte: Agência Brasil