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21/09/2011 16h49

Crise global é também de governança e de coordenação política, afirma Dilma

Presidenta disse ainda que o Brasil está apto a ajudar os países em desenvolvimento.

Ao discursar na abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a presidenta Dilma Rousseff disse que a crise global é ao mesmo tempo econômica, de governança e de coordenação política. Dilma destacou que, se a situação não for contida, pode se transformar em uma "grave ruptura política e social" sem precedentes.

Primeira mulher a discursar na abertura da assembleia da ONU, Dilma defendeu a necessidade de esforços de integração das nações para a superação da crise e retomada do crescimento. “Não haverá retomada da confiança e do crescimento enquanto não se intensificaram os esforços de coordenação entre os países integrantes da ONU e das demais instituições multilaterais como o G20, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial”.

Para ela, “a ONU e essas organizações precisam emitir com máxima urgência sinais claros de coesão política e de coordenação macroeconômica”.

Dilma disse ainda que o Brasil está apto a ajudar os países em desenvolvimento e que é preciso lutar contra o desemprego no mundo.

Durante seu discurso, ao abordar a crise econômica, Dilma disse que é preciso impor controles à guerra cambial. “É fundamental aprofundar a regulamentação do sistema financeiro e controlar essa fonte inesgotável de instabilidade".

"É preciso impor controles à guerra cambial com a adoção de regimes de câmbio flutuante. Trata-se de impedir a manipulação do câmbio tanto por políticas monetária excessivamente expansionistas quanto pelo artifício do câmbio fixo", explicou.

Dilma afirmou que há sinais de que várias economias avançadas se encontram no “limiar da recessão”. A avaliação de Dilma é que as prioridades das economia mundiais neste momento devem ser solucionar os problemas dos países em crise devido a dívidas e reverter o presente quadro de recessão.

“As políticas fiscais e monetárias devem ser objeto de avaliação mútua, de forma a impedir efeitos indesejáveis sobre os outros países evitando reações que levam a ciclos viciosos. A solução do problemas da dívida deve ser combinada com crescimento econômico”, disse.

Fonte: Agência Brasil


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