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17/11/2015 08h39

Parte dos petroleiros volta ao trabalho

As assembleias para avaliar as propostas e votar pela continuidade ou não da greve dos petroleiros começaram na sexta-feira (13) e terminaram no fim da tarde desta segunda-feira (16).

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Os trabalhadores das bases sindicais do Norte-Fluminense, do Espírito Santo e de Minas Gerais rejeitaram a indicação Federação Única dos Petroleiros (FUP) de voltar ao trabalho decidiram continuar em greve. De acordo com a FUP, as bases do Amazonas, do Rio Grande do Norte, do Ceará/Piauí, do Pernambuco/Paraíba, da Bahia, Duque de Caxias, do Unificado-SP, do Paraná/Santa Catarina, do Sindiquímica-PR e do Rio Grande do Sul encerraram a paralisação. As assembleias para avaliar as propostas e votar pela continuidade ou não da greve dos petroleiros começaram na sexta-feira (13) e terminaram no fim da tarde desta segunda-feira (16).

Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, os petroleiros voltaram ontem (16) ao trabalho. Segundo o presidente do sindicato da categoria no município, Simão Zanardi, a decisão foi seguir a orientação do Conselho Deliberativo da FUP de suspender a paralisação e manter o estado de greve. O motivo é que está em andamento o prazo de 60 dias em que o grupo de trabalho formado por representantes da entidade e da empresa, após análise de propostas apresentadas pela categoria, vai elaborar um relatório que será apresentado ao Conselho de Administração da Petrobras.

Para Zanardi, a paralisação foi positiva, porque levou a Petrobras a discutir com a categoria a Pauta pelo Brasil, que, entre outros itens, defende a manutenção de investimentos da empresa e os empregos. “Não significa que nós vencemos o debate, mas conseguimos pautar a Petrobras e o conselho de administração para discutir com a FUP e seus sindicatos qual é o melhor projeto de sociedade e de Petrobras para o Brasil”, analisou.

O sindicalista informou que somente em dezembro haverá a normalização da produção da Reduc. Diariamente serão produzidos 210 mil barris de petróleo refinado e, quando a produção ficar normalizada, atingirá 240 mil barris. O sindicalista explicou que a unidade de refinação 1.710 estava em parada de manutenção antes da greve e, com a paralisação da categoria, os serviços foram atrasados e, em consequência, a unidade vai ficar mais tempo parada do que era previsto.

A greve continua também para os trabalhadores filiados à Federação Nacional dos Petroleiros, que encaminhou hoje à Petrobras um ofício pedindo uma reunião com a companhia para discutir a última proposta apresentada pela empresa e apresentar os motivos que esta parcela dos petroleiros não aceitou o que foi oferecido. Entre os itens destacados pela entidade, está a negociação dos dias parados e punições aos grevistas.

“O que está pegando é o aumento real, desconto dos dias parados e a não certeza de que não vai ter punição aos grevistas”, disse o secretário-geral da FNP, Emanuel Jorge Cancella. Na proposta apresentada pela Petrobras no dia 11, a empresa oferece um reajuste de 9,53% aos empregados, mas a categoria, conforme apontou Cancella pede 18%. “Esse índice foi calculado pelo Dieese, levando em consideração a reposição da inflação do período, aumento real e produtividade”.

Em nota divulgada no dia 11, a Petrobras informou que aquela era a proposta definitiva da companhia. “Traduz o empenho máximo da empresa para atender às reivindicações dos empregados e seus representantes”, destacou.

 

Fonte: Agência Brasil


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