Gestão participativa no setor pesqueiro terá investimento de R$ 12 milhõesA verba será para a criação de comitês permanentes de Gestão |
notícias relacionadas
- Retomada de período que proíbe pesca custará R$ 1,7 bilhão, diz governo
- Países da Unesco se comprometem a aumentar investimento em educação até 2030
- Brasil não perde investimentos com rebaixamento da nota, diz Nelson Barbosa
- MEC vai investir em projeto de resgate e registro da história do Brasil
- Meta de superávit tem cláusula de abatimento de até R$ 26,4 bilhões
- Ministério do Planejamento divulga hoje atualização de cortes no Orçamento
- BNDES aprova recursos para construção de 10 parques eólicos no Nordeste
- Tesouro dará aval a financiamento de R$ 3,8 bilhões para Usina Nuclear Angra 3
- Grupo Gerdau ampliará investimentos no RN
- Em 2014, BNDES investiu R$ 6,6 bilhões em energia eólica
- General Eletric anuncia R$ 1,2 milhão em investimentos no RN
- Indústria reforça apoio à MP dos Portos
- Empresa especializada na criação de software investe no setor de agronegócio
- Investimentos no país crescem 4% e podem ser a principal alavanca da indústria
- Baixo investimento público na economia preocupa a indústria
- Financiamentos públicos para o turismo chegam a R$ 9,83 bilhões
- 85,4% as empresas industriais estão dispostas a investir em 2013
- Fábrica em Macaíba deve gerar cerca de 400 empregos diretos e indiretos
- Chineses vão investir de mais de R$ 40 milhões com instalação de fábricas no RN
- Cai rendimento da poupança para depósitos novos com redução da Selic
- Prêmio Nobel de Economia diz que o real está valorizado
- Turismo terá R$ 4 milhões para divulgação e trade elogia iniciativa
- Senai investe R$ 3 bilhões em educação profissional até 2014
- Microfranquias faturam R$ 3,9 bilhões em 2011
- Estudo mapea 900 oportunidades de negócios para as empresas durante a Copa
- Conselho Monetário Nacional amplia atuação de agências de fomento
- Infraero anuncia investimento de R$ 10 milhões em aeroportos do interior do RN
- Investimento estrangeiro direto de janeiro a julho é o maior já registrado pelo BC
- Apex vê espaço para o Brasil aumentar exportações para os Estados Unidos
- Crescimento do investimento estrangeiro reflete maior confiança do mercado no Brasil
- Brasil está entre os cinco países que mais recebem investimentos estrangeiros
- Sem investimentos na produção, especialista prevê falta de etanol até 2014
- Eletrobras fecha 2010 com investimentos superiores a R$ 5 bilhões
- Taxas de investimento e de poupança crescem no terceiro trimestre
- Investimentos da Eletrobras até 2014 devem ultrapassar R$ 45 bilhões
Para garantir mais debates com o setor produtivo e a comunidade científica, o Ministério da Pesca e Aquicultura anunciou esta semana investimento de R$ 12 milhões para ativação dos comitês permanentes de Gestão – espaços temáticos de gestão participativa do setor pesqueiro, com metade dos membros da sociedade e a outra do governo.
Segundo o secretário de Planejamento e Ordenamento da Pesca do ministério, Fábio Hazin, o documento de criação está sob análise do Ministério de Meio Ambiente. “A expectativa é que na semana que vem o processo esteja concluído e já possamos publicar a constituição desses comitês e iniciar os trabalhos de forma contínua e regular", disse. Hazin também anunciou o lançamento, em outubro, de editais para pesquisas científicas.
Na avaliação da Oceana, organização internacional de defesa da biodiversidade dos oceanos, o valor não é suficiente para resolver os problemas do setor, mas é um primeiro passo. O anúncio foi feito durante o 1º Simpósio Internacional sobre Manejo de Pesca Marinha no Brasil, que terminou nessa quarta-feira (8) em Brasília e reuniu 185 especialistas, pescadores, representantes do governo, além de organizações não governamentais.
O simpósio serviu para que outras queixas fossem apresentadas, por exemplo, o excesso de legislação no setor e a dificuldade de comunicação sobre mudanças nessas normas. O pescador artesanal Antônio Vieira, de Laguna, Santa Catarina, já navegou por todo o país trabalhando em rios, lagoas e no mar e garante que é comum ser pego de surpresa em relação à alteração das normas. “Podemos nos programar para uma regra e ela de repente muda”, lamenta. Segundo ele, é comum os pescadores ficarem sabendo de novas regras pelo Diário Oficial da União ou pela fiscalização.
O pesquisador Paulo Pezzuto, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), também critica o excesso de fontes de divulgação das normas do setor. "Devia constar tudo em um mesmo documento, com prazo de vigência, para dar solidez ao processo de gestão", recomenda.
Entre as regras questionadas pelos representantes da atividade pesqueira artesanal está o Decreto 8.425, de março de 2015, que descreve a profissão e estabelece critérios para o registro de pescadores. Os trabalhadores alegam que não foram ouvidos. Para melhorar o diálogo com o setor, o Ministério da Pesca e Aquicultura investe na ativação de mecanismos que garantam a gestão participativa, como os comitês permanentes de Gestão.
Outra norma criticada é a Portaria 445, do Ministério do Meio Ambiente. O documento divulgou lista proibindo a pesca de 98 espécies marinhas sob ameaça de extinção. De acordo com a categoria, o anúncio da portaria, no final de 2014, foi uma surpresa para o setor produtivo.
Segundo o diretor da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Ugo Vercillo, a lista levou anos para ser feita e usou toda a informação científica disponível. No entanto, Vercillo reconhece que a elaboração e o anúncio não envolveram a sociedade. O efeito da Portaria 445 encontra-se suspenso pela Justiça Federal.
Fonte: Agência Brasil