Atividade da indústria cai no primeiro trimestre, aponta pesquisa da CNIAs horas trabalhadas na produção recuaram 1,1% e o emprego caiu 0,4% ante o último trimestre de 2014 |
notícias relacionadas
- Produção industrial potiguar segue retraída
- Setor eletroeletrônico inicia ano com queda nas encomendas e venda de produto
- Queda da indústria é maior do que na crise financeira internacional
- Indústria encerra 2015 com ociosidade recorde, diz CNI
- Pesquisa CNI mostra que emprego na indústria cai pelo décimo mês consecutivo
- Preços da indústria desaceleram e fecham com deflação
- Pesquisa revela melhora na confiança da indústria
- Produção industrial recua em dez locais em outubro, diz IBGE
- Setor siderúrgico prevê queda de 2% na produção de aço bruto em 2015
- Produção industrial volta a cair em outubro, informa CNI
- Desenvolvimento passa por simplificação de impostos, diz Levy a industriais
- Indústria, parlamentares e governo discutem ajustes para retomada do crescimento
- Atividade industrial segue negativa, mas em menor intensidade
- Inflação recua em agosto para famílias mais pobres, diz FGV
- Plano de apoio para indústria química oferecerá R$ 2,2 bi em recursos
- Pessimismo da indústria potiguar volta a subir em julho
- Faturamento do setor de máquinas e equipamentos cai 9,6% em maio
- Confiança da Indústria atinge o menor nível da série desde 2005
- Utilização da capacidade da indústria atinge menor nível para abril desde 2009
- Atividade industrial potiguar volta a cair em abril
- Industrialização muda perfil de periferia das grandes cidades, mostra estudo
- Emprego industrial recua 0,5% entre janeiro e fevereiro
- Custo da energia sobe 0,6% em abril para a indústria nacional, diz Firjan
- Atividade econômica recua 0,2% em novembro, aponta Serasa Experian
- Confiança dos empresários do RN recua mas faturamento se mantém estável
- Emprego na indústria recua 0,3% em setembro
- Demanda do consumidor por crédito cai 10,7% em setembro, aponta Serasa
- Desaceleração do crédito às empresas recua 0,5%
A atividade industrial e o emprego registraram queda nos três primeiros meses do ano. As horas trabalhadas na produção recuaram 1,1% e o emprego caiu 0,4% ante o último trimestre de 2014. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, os indicadores apresentaram retração ainda maior: 8,5% nas horas trabalhadas e 3,9% nos postos de trabalho na indústria. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (5).
O faturamento real no setor também recuou 3,6% frente ao último trimestre de 2014 e 6% ante o primeiro trimestre do ano passado. A utilização da capacidade instalada foi 0,2 ponto percentual menor em relação aos últimos três meses do ano passado e caiu 3,7 pontos percentuais frente ao primeiro trimestre de 2014.
A baixa no mercado de trabalho na indústria afetou os indicadores de massa salarial real e rendimento médio real dos trabalhadores, que retraíram 0,9% e 0,1%, respectivamente, ante os últimos três meses de 2014. Na comparação com os primeiros três meses do ano passado, a massa salarial foi 4,1% menor e o rendimento caiu 0,2%. “Dada a dificuldade de reverter o cenário adverso no curto prazo, é provável que o rendimento médio dos trabalhadores da indústria continue caindo ao longo de 2015”, destaca a pesquisa.
De acordo com o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a queda da atividade industrial se intensificou no primeiro trimestre por causa do ambiente de negócios desfavorável. "O custo de matérias-primas e os juros estão elevados, o acesso ao crédito está mais difícil e há redução no consumo das família. Esse cenário contribui para esse agravamento do desempenho do setor", destaca Castelo Branco. Ele explica também que a situação do emprego começou a mudar desde o ano passado.
DESEMPENHO MENSAL – Enquanto as horas trabalhadas na indústria recuaram 0,9% em março frente a fevereiro, o emprego caiu 0,8% no período, segundo dados com ajustes sazonais. De acordo com os Indicadores Industriais, a taxa de redução do emprego é considerada elevada.
Mesmo com alta de 0,7 ponto percentual na utilização da capacidade instalada frente a fevereiro, a pesquisa aponta que a ociosidade no parque fabril continuou em março. A indústria operou, em média, com 80,8% da capacidade instalada, de acordo com dados dessazonalizados.
O faturamento também teve alta na passagem de fevereiro para março, de 0,5%. No entanto, destaca a pesquisa, o crescimento do indicador é insuficiente para caracterizar uma recuperação, sobretudo, porque faturamento nos três primeiros meses do ano teve queda em relação ao último trimestre de 2014.
A redução do emprego na indústria contribuiu para que a massa salarial e o rendimento dos trabalhadores também recuassem em março na comparação com fevereiro. O recuo de 1,4% na massa salarial no período foi o maior desde janeiro de 2013. Já o rendimento médio dos trabalhadores caiu 0,8% na mesma comparação.
Fonte: FIERN