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06/08/2014 07h53

Gado vivo entra em pauta de exportação do Rio Grande do Norte

Apesar da novidade, o melão continua liderando os produtos exportados. A balança comercial potiguar fechou o semestre com um superávit de US$ 14,2 milhões

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O Rio Grande do Norte fechou primeiro semestre de 2014 com um novo item na pauta de exportações. Após ser reconhecido internacionalmente como zona livre de aftosa, o estado fechou a primeira negociação internacional de gado vivo. Apesar de a data para a exportação do rebanho ainda não ter sido definida, os criadores potiguares enviarão 140 cabeças de gado de alta linhagem da raça Guzerá, através do aeroporto internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, com destino ao Senegal, na África. Mesmo o gado não influenciando o resultado do semestre, a balança comercial potiguar fechou os seis primeiros meses do ano com um superávit de US$ 14,2 milhões. Esse é um dos dados do Boletim de Comércio Exterior, elaborado mensalmente pelo Sebrae no Rio Grande do Norte.

Seguindo a tendência nacional, o Rio Grande do Norte encerrou o primeiro semestre de 2014 com uma leve queda nas exportações, de aproximadamente 1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com um valor acumulado de R$ 106,7 milhões.  Mas comparando-se os dados de abril a junho de 2014 e 2013, constata-se um aumento nos valores exportados pelo estado da ordem de 9%.

Entre os principais produtos da pauta exportadora potiguar no período, o melão continua liderando a lista (14,24%), sendo seguido pela castanha de caju (10,7%) e do sal marinho (6,5%). Os principais países que foram destino das exportações potiguares no primeiro semestre de 2014 foram os Estados Unidos (18,3%), a Espanha (12,6%) e a Holanda (12,5%).

As importações do primeiro semestre de 2014 sofreram a maior retração dos últimos cinco anos para o período, representando o acumulado de R$ 92,4 milhões para o estado, valor 29,6% menor do que os seis primeiros meses de 2013 em termos de movimentação monetária. De acordo com o boletim, o motivo da redução foi a ausência na pauta de itens como os motores e turbinas voltados a máquinas eólicas, que no primeiro semestre de 2013 representavam mais de R$ 16 milhões dos valores importados pelo RN.

Os principais produtos na pauta importadora potiguar no primeiro semestre de 2014 foram os trigos e suas misturas com centeio (16% do total das importações), as bombas volumétricas alternativas (5,8%) e os cimentos não pulverizados ou “clinkers” (3,9%).  Como principais parceiros comerciais, os países de onde o RN mais demandou produtos foram os Estados Unidos (36,8%), a China (28%) e a Argentina (25%).

Escoamento
Apesar da queda tanto nas exportações quanto nas importações do estado, a redução dos importados  foi mais expressiva, o que acabou alavancando o saldo da balança comercial. No mesmo período do ano passado, o Rio Grande do Norte havia fechado o semestre com um déficit de US$ 23,7 milhões, um volume bem inferior frente ao US$ 14,2 milhões acumulados nos seis primeiros meses deste ano.

De acordo com o boletim, o modal marítimo prevalece como principal forma de escoamento dos produtos potiguares para o comércio internacional, representando 83% das escolhas para as exportações do estado no primeiro semestre do ano, sendo os principais portos demandados o de Natal que respondeu por US$ 33,8 milhões do acumulado até junho de 2014, o de Pecém, no Ceará, por onde circulou US$ 20,6 milhões dos valores exportados pelo RN, e o porto de Recife (Suape), em Pernambuco, tendo passado US$ 10,6 milhões do total das comercializações internacionais do RN. Em seguida, surge o modal aéreo, que representa 12,2% da escolha logística internacional potiguar.

*Fonte: Sebrae RN


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