Salesiano 26/08/24

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23/07/2014 09h19

Em 15 anos, matérias-primas dobram presença nas exportações e viram maioria

Na primeira metade de 2014, 50,8% das vendas ao exterior foram de mercadorias básicas

As matérias-primas têm aumentado fortemente sua participação nas exportações do país e, no primeiro semestre de 2014, tornaram-se maioria entre os bens vendidos ao exterior.

No primeiro semestre de 2002, os produtos básicos corresponderam a 25% das exportações brasileiras, enquanto os industrializados ficaram com 75%. Já na primeira metade de 2014, mais da metade (50,8%) das vendas ao exterior foram de mercadorias básicas.

A classificação das mercadorias usada pelo Ministério do Desenvolvimento, que provê esses dados, divide os bens em dois grandes grupos: o de produtos básicos (matérias-primas) e o dos industrializados. Esta segunda categoria tem ainda duas subdivisões: semimanufaturados e manufaturados.

Os semimanufaturados são produtos que passaram por uma transformação industrial simples. Dentro desse grupo, os bens que o Brasil mais exporta são açúcar bruto (o refinado já é considerado manufaturado), celulose, couro e ligas de ferro.

Já no conjunto dos manufaturados, as mercadorias mais exportadas "made in Brazil" são combustíveis, automóveis e aviões. Porém, dentro desse grupo estão também bens menos sofisticados industrialmente, como açúcar refinado, suco de laranja, café solúvel e outros.

A trajetória de aumento da importância das matérias-primas nas exportações pode ser dividida em duas fases.

Na primeira, de 2003 a 2011, as vendas de produtos industrializados ao exterior cresceram fortemente (230%), mas as de bens básicos avançaram ainda mais (798%).

Já na segunda fase, de 2012 para cá, as exportações de matérias-primas ficaram estagnadas, enquanto as de bens industrializados caíram 12,5%.

Já a evolução das exportações em dólares variaram pouco entre 1995 e 2002. Os produtos básicos oscilaram entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões, enquanto os industrializados ficaram US$ 16 bilhões e US$ 22 bilhões.

A partir de 2003, houve um aumento forte das exportações de ambos os grupos. Em 2009, com a crise financeira iniciada nos Estados Unidos, houve uma forte queda das exportações, principalmente de produtos industrializados. Os anos seguintes foram de recuperação, mas, depois de 2011, as vendas de produtos básicos ficaram estagnadas e as dos demais bens têm caído.

 

Fonte: UOL Economia


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