Estado tem cerca de 40 mil microempreendedoresDos 6,9 milhões de negócios brasileiros enquadrados no Simples Nacional, 19% estão concentrados no Nordeste. Somente o Rio Grande do Norte comporta cerca de 85 mil deles |
A quantidade de autônomos que trocam a informalidade pela regularização
do negócio e conquistas, como possuir registro no Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas (CNPJ) e cobertura previdência, só aumenta no Rio
Grande do Norte. O estado soma quase 40 mil microempreendedores
individuais que se formalizaram e, hoje, fazem parte do Simples
Nacional, o sistema simplificado de arrecadação de tributos. De acordo
com dados da Receita Federal, são 39.913 profissionais potiguares
enquadrados nessa categoria jurídica.
As estatísticas aumentam na mesma proporção que a evolução do negócio
de quem decide pela formalização. Foi o que aconteceu com a artesã Maria
Janilene Feliciano, que trabalha com decoração de festas e aderiu ao
programa Microempreendedor Individual (MEI) em março do ano passado.
“Tenho consciência de que se tivesse formalizado antes, o negócio teria
se desenvolvido com maior rapidez”, reconhece a empreendedora.
O trabalho de Jane -- como é mais conhecida no bairro de Dix-sept
Rosado, em Natal – consiste na decoração do local para festas de
casamento, 15 anos e aniversários, além da confecção de lancheiras e
lembrancinhas e fornecimento do Buffet, um ramo que possui mais de 3 mil
microempreendedores envolvidos no Rio Grande do Norte. Para a
empreendedora, a atividade proporciona um faturamento mensal de até R$
2,5 mil.
Perfil
Essa atuação dos microempreendedores tem contribuído para melhorar os
desempenhos das micro e pequenas empresas (MPE) no País. De acordo com
informações do estudo Indicadores dos Pequenos Negócios no Brasil,
elaborado pelo Sebrae, dos 6,9 milhões de negócios brasileiros
enquadrados no Simples Nacional, 19% estão concentrados na região
Nordeste. Somente o Rio Grande do Norte comporta cerca de 85 mil
negócios de pequeno porte inseridos nesse sistema de recolhimento de
impostos.
No Nordeste, as MPE também estão abertas por mais tempo. A taxa de
sobrevivência nos dois primeiros anos é de 69,1% , a terceira maior
entre as regiões brasileiras, atrás apenas do Sudeste (76,4%) e Sul
(71,7%). No Brasil, hoje uma em cada duas empresas de pequeno porte atua
no comércio, segmento que detém 31% dos negócios brasileiros.
*Fonte: Agência Seabre