TAM estima queda no crescimento da demanda e revisa plano de frota para 2012Companhia opta por não aumentar sua frota de aviões para o mercado doméstico em 2012; alterações na malha internacional devem levar a ganhos anuais de US$ 50 milhões. |
Por: Redação
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A incerteza que ronda a economia mundial é o motivo apontado para uma estimativa entre 15% e 18% de aumento na demanda, conforme o guidance para 2011. Mesmo assim, o presidente da TAM, Líbano Barroso, se mostrou otimista.
"Confiamos no crescimento do Brasil e do mercado de aviação no próximo ano, mas entendemos que um ajuste em nosso plano de frota é necessário para assegurar a rentabilidade do negócio, num contexto de maior racionalidade do mercado", afirma.
A companhia promete intensificar as ações de controle de custos e aumento de receitas, entre as quais está a reavaliação do aumento da frota narrow body (aeronaves com apenas um corredor de circulação), que teria quatro novas unidades no próximo ano.
Em 2012, a TAM receberá 13 novos aviões da família Airbus A320 e devolverá 13 atualmente em operação. A empresa não optará pela renovação de quatro leasings de aeronaves, modificando o plano original de receber 13 equipamentos novos e devolver nove. Ou seja, não haverá crescimento líquido da frota.
"Mesmo com essa revisão, vamos renovar 10% da frota doméstica, mantendo a baixa idade média das aeronaves. Além do benefício claro de qualidade de serviço para nossos clientes, que contam com uma das frotas mais jovens do mundo, isso contribuirá para diminuir custos de manutenção e o consumo de combustível."
Mesmo com as medidas adotadas, graças aos ganhos de eficiência já conseguidos pela alta utilização das aeronaves, a oferta de assentos da companhia (ASK) crescerá 4% em 2012 na comparação com 2011.
Para o mercado internacional, a TAM visa aumentar a eficiência das operações com a troca das aeronaves Airbus A340 que operam a rota São Paulo/Guarulhos-Milão por Airbus A330, no mês de outubro, em data a ser anunciada.
Essas aeronaves, com maior eficiência energética por voarem com dois motores - os A340 têm quatro motores -, propiciarão um ganho de mais de 20% nos custos com combustíveis por assento disponível na rota São Paulo-Milão. Atualmente, os gastos com combustíveis representam cerca de 35% do total de custos da companhia.
Para que essa troca de equipamentos seja possível, a TAM promoverá um ajuste na malha aérea internacional, envolvendo os voos a partir do Rio de Janeiro/Galeão para Frankfurt e Londres. As atuais sete partidas semanais para Frankfurt serão reduzidas para quatro, e as seis decolagens semanais para Londres retornarão a três.
Com o conjunto de ações, incluindo o novo voo para o México - com início em outubro -, a frequência adicional de São Paulo/Guarulhos para Orlando e a substituição do A340 pelo A330, entre outras, a companhia estima ganhos aproximados de US$ 50 milhões por ano, já descontando os valores pagos pelos leasings das aeronaves que deixarão de ser operadas.