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17/08/2011 09h43

Cajucultores do RN poderão exportar castanha orgânica para Europa

A empresa francesa especializada na comercialização de gêneros orgânicos, pretende importar 20 toneladas de castanhas orgânicas de três cooperativas do RN.

Após enfrentar um ano com uma das piores safras da história da cajucultura potiguar, os pequenos produtores de castanha da região Oeste do Rio Grande do Norte têm motivos para se animar. Não apenas pelos pomares floridos, mas principalmente pelas perspectivas de fechar excelentes negócios. É que a Bio Sourcing, empresa francesa especializada na comercialização de gêneros orgânicos, pretende importar 20 toneladas de castanhas orgânicas de três cooperativas atendidas pelo Sebrae no Rio Grande do Norte.

O anúncio foi feito por representantes da empresa, após dois dias de visita às cooperativas de produtores de Novo Pingos, Coopapi e Coopercaju, localizadas nos municípios de Assú, Apodi e Serra do Mel, respectivamente. A qualidade da amêndoa produzidas nessas comunidades foi determinante, o que garantirá um diferencial frente aos principais países concorrentes, como o Vietnã. "Durante as visitas, vimos amêndoas com uma qualidade bem superior às que são comercializadas por outros países que exportam para a Europa, e é isso que estamos buscando para a nossa empresa", destacou o diretor-presidente da Bio Sourcing, Laurent Kerdoncuff

Acompanhado por representantes do Sebrae-RN, o empresário francês conheceu a cadeia produtiva da cajucultura no Estado, desde o processo de produção e beneficiamento da castanha até as instalações das minifábricas. A negociação, no entanto, dependerá de conversas futuras. Mas também terá como base o volume de castanha produzido na próxima safra. "Estamos muito otimistas com as conversas que tivemos. Vamos manter contato com a empresa e, dependendo das conversas e de quanto produzirmos, fecharemos o negócio", entusiasma-se a presidente da Coopercaju, Terezinha Maria de Oliveira. Ela não descarta uma parceria com as outras cooperativas para atender ao volume solicitado e concretizar a negociação.

A notícia deu uma dose extra de ânimo para os cajucultores, que amargaram perdas signficativas no ano passado devido ao baixo índice pluviométrico registrado nas principais regiões produtoras de caju. A safra de castanha em 2010 não ultrapassou as 15 mil toneladas, diferente de safras anteriores quando o Rio Grande do Norte chegou a produzir 43 mil toneladas da amêndoa.

De acordo com o gestor de Cajucultura do Sebrae-RN, Franco Marinho, a intermediação entre empresários e pequenos produtores faz parte da estratégia do projeto para promover e viabilizar a produção das pequenas unidades produtivas no Estado, estimular a produção e ampliar o volume de negócios dos produtores rurais. "É função do Sebrae orientar, realizar esses encontros de negócios, e promover o desenvolvimento destes pequenos negócios", ressalta.

Atualmente, a Coopercaju possui atualmente 22 produtores certificados em orgânicos, e Coopapi concentra outros 20 cajucultores que detêm a certificação. Já a Coopingos aguarda a conclusão do processo de conversão em produção orgânica, que deve ser anunciada ainda neste semestre.

 

Fonte: Agência SebraeRN


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