Emprego formal cresce em agosto no RN, mas ritmo anual desacelera

Os dados foram divulgados nesta segunda (29) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O mercado de trabalho potiguar registrou saldo positivo na geração de empregos formais em agosto de 2025, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram criadas 5.339 novas vagas com carteira assinada no estado, número 54,2% superior ao de julho, mas 28,1% inferior ao registrado no mesmo mês de 2024.

A agropecuária liderou a expansão no mês, com 2.332 postos criados, impulsionada principalmente pelas lavouras temporárias de melão, que responderam por 1.753 dessas vagas. Os setores de serviços (1.223), indústria (1.093) e comércio (761) também contribuíram positivamente. A construção civil foi o único segmento com desempenho negativo, encerrando 66 postos de trabalho.

Apesar do bom desempenho em agosto, o acumulado do ano revela uma desaceleração na geração de empregos formais no Rio Grande do Norte. De janeiro a agosto de 2025, foram abertas 15.397 vagas, número significativamente inferior ao mesmo período de 2024, quando o saldo foi de 26.706.

Os setores de serviços e comércio continuam sendo os principais motores do emprego no estado, com 5.763 e 2.504 vagas abertas, respectivamente. No entanto, ambos apresentam queda em relação ao ano anterior: em agosto de 2024, os serviços haviam criado 14.605 vagas e o comércio, 3.075.

Na área de serviços, os segmentos de saúde e educação se destacaram, somando cerca de 3.600 novos postos. Também merecem atenção os setores ligados ao turismo, como alojamento e alimentação, que juntos abriram 1.400 vagas. No comércio, o varejo foi o principal responsável pela expansão, com pouco mais de 2.000 empregos gerados, especialmente nos segmentos de alimentos, medicamentos e materiais de construção - que, somados, criaram 957 vagas ao longo do ano.

Os números indicam que, embora o mercado de trabalho potiguar mantenha crescimento, o ritmo de geração de empregos formais em 2025 está mais lento em comparação ao ano anterior.