Styvenson anuncia novos investimentos e defende descentralização da saúde em entrevista durante evento da Liga Contra o Câncer em Currais NovosO senador fez questão de lembrar que o CDES, construído com recursos públicos, está aberto à visitação da população. |
Durante a solenidade que celebrou o primeiro ano de funcionamento do Centro de Diagnóstico e Ensino do Seridó (CDES), em Currais Novos, o senador Styvenson Valentim concedeu entrevista a veículos de comunicação locais e fez importantes anúncios que reforçam sua atuação na área da saúde. Além de destacar os resultados da unidade - que já realizou mais de 15 mil atendimentos oncológicos - o parlamentar confirmou novos investimentos para ampliar os serviços na região e antecipou a entrega de obras estruturantes em Natal, Parnamirim e Parelhas.
"Vai ser mais recurso do nosso mandato, porque tem que comprar maquinário, vai ter que fazer uma sala nova, fazer tudo isso, e a parte de cirurgias também", revelou Styvenson, indicando que a unidade de Currais Novos passará por expansão. O objetivo, segundo ele, é definitivo: "as pessoas não vão mais precisar sair da sua região aqui do Seridó até Natal para fazer procedimentos que estão sendo todos feitos aqui agora".
O senador fez questão de lembrar que o CDES, construído com recursos públicos, está aberto à visitação da população. "Esse prédio foi feito com dinheiro público, foi equipado com dinheiro público. Então quem quiser conhecer, é só parar aqui na BR e entrar. Não precisa esperar ficar doente."
Ao abordar o motivo da instalação da unidade em Currais Novos, Styvenson apontou dados preocupantes: "O Seridó foi escolhido como a primeira unidade a ser construída pelo número de incidências de câncer aqui na região. Não sei o motivo, se é influência da natureza, química, mas o número é bem alto".
Durante a entrevista, o parlamentar também anunciou investimentos em outras frentes da saúde no estado. Destaque para o novo Hospital Infantil Oncológico de Natal, no bairro do Alecrim, cuja construção conta com R$ 23 milhões de seu mandato, em parceria com a Liga Contra o Câncer e a Justiça do Trabalho. "Eu não desejo isso para pai nenhum, para mãe nenhum, mas se o filho for diagnosticado com câncer, ele vai ser tratado num ambiente feito especialmente para a criança".
Além disso, Styvenson confirmou recursos para ampliar a estrutura do Hospital Infantil Varela Santiago, que hoje opera no limite da capacidade, e também para a construção de outra unidade pediátrica no bairro Potengi, zona Norte de Natal.
O senador ainda mencionou a central de imagens que está sendo instalada em Parelhas, com investimento de R$ 22 milhões (entre obra e equipamentos). A proposta é oferecer exames de alta complexidade a baixo custo. "A ideia é tornar o exame muito barato para você, cidadão. Não dá para ficar esperando anos por um diagnóstico que pode salvar sua vida".
Questionado sobre seu futuro político e as especulações sobre uma possível candidatura ao governo do Estado em 2026, Styvenson respondeu com cautela: "Eu agradeço as pessoas estarem lembrando do nome, mas acho que não é o nome Styvenson. Em 2018, as pessoas votaram no capitão Styvenson por um motivo, e o motivo ali era um cara comprometido com o serviço público, um cara que mostrou que poderia ser feito através de um policiamento, salvar vidas, evitar acidentes. Aquilo que me tornou notório. Agora o momento é outro. Hoje as pessoas não avaliam Styvenson pelo nome, pelo recall do trabalho do capitão Elas avaliam hoje por obras como essa, obras como a que eu vou já visitar ali em Parelhas, que é a central de imagens. Você não tem noção do que é as pessoas estarem esperando para fazer uma ultrassonografia, uma ressonância magnética, uma endoscopia, uma colonoscopia por anos e não poder fazer porque a prefeitura não tem dinheiro para pagar, o estado não disponibiliza esse exame, então a gente teve a ideia de fazer aqui na região. Por tudo isso, fico feliz pelo fato de que agora não é mais pelo capitão de 2018, é pelo que o mandato tem efetivamente feito", disse.
Por fim, fez uma crítica sutil à forma como outros parlamentares aplicam suas emendas: "Todos têm o mesmo recurso. A diferença é onde a gente aplica. Os nossos 36 milhões estão aqui, visíveis, onde todo mundo passa e vê. A política que eu acredito é essa: concreta, útil, com resultado na vida das pessoas."
A entrevista de Styvenson confirmou o que o evento já simbolizava: uma atuação voltada a resultados palpáveis, especialmente nas áreas onde o poder público historicamente falha - como o atendimento oncológico no interior. E reforçou sua marca política: a de quem prefere obra entregue a promessa feita.
