Produção de orgânicos amplia as opções de negócios saudáveis

No Espaço Empreendedor do Sebrae, estão sendo apresentados o potencial produtivo e as vantagens dos negócios com a produção de orgânicos.

O crescimento do consumo de alimentos saudáveis pela população norte-rio-grandense está provocando um aumento significativo nas áreas de cultivo de produtos da horticultura orgânica. Atualmente o Estado possui 470 produtores certificados através da Organização de Controle Social (OCS) certificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. Hortaliças como alface, coentro, cebolinha, rúcula, manjericão, hortelã, berinjela, quiabo, maxixe, pimentão, tomate cereja e pimentas de cheiro estão sendo cultivadas em maior escala e já estão disponíveis em feiras de produtos orgânicos em várias partes do Estado.

Para apresentar o potencial produtivo e as vantagens dos negócios com a produção de orgânicos, o Sebrae montou um stand de Horticultura no Espaço Empreendedor Rural, instalado no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, aberto a partir das 16 horas até o próximo sábado (15). Além das caraterísticas benéficas dos produtos orgânicos, os visitantes e empreendedores terão acesso à informações sobre as vantagens da produção orgânica, que tem valor agregado entre 20% e 30% em relação aos produzidos de forma convencional com defensivos agrícolas.

Segundo o consultor e engenheiro agrônomo, Luiz IV da Câmara Jácome, a produção de orgânicos vem crescendo vertiginosamente com o aumento do consumo da população que busca qualidade de vida e longevidade. A qualidade, durabilidade pós-colheita e rentabilidade dos produtos tem despertado cada vez mais o interesse de agricultores de municípios como da região metropolitana de Natal, Touros, Cerará Mirim, Currais Novos, Santa Cruz, Acari, São José do Seridó, Caicó, Jucurutu, Apodi, Severiano Melo, Messias Targino, Frutuoso Gomes, Mossoró, Assú e Pendências, entre outros.
A sustentabilidade ambiental, associada à onda de hábitos saudáveis com recomendações médicas e o valor agregado aos orgânicos são, segundo Luiz Jácome, uma motivação para o cultivo de hortaliças livres de agrotóxicos. "O pequeno produtor percebeu que o consumidor de hábito saudáveis está disposto a pagar mais pelo produto orgânico, aumentando a sua margem de lucro e a confiança na relação comercial", avalia o engenheiro agrônomo. Para contornar as limitações relativas ao volume de produção, os produtores têm procurado investir no cultivo de produtos em períodos de plena safra, fazendo a rotação de culturas, enriquecendo o solo e diversificando a oferta.

No Espaço Empreendedor Rural, foi montada uma feirinha de produtos orgânicos com hortaliças, castanha, mel e seus derivados. A produtora Edileuma Silva do Nascimento, que faz parte da OCS Produtores Orgânicos de Lagoa Azul (Prolazul), na Zona Norte de Natal, está há cinco anos cultivando hortaliças orgânicas e garante que é um bom negócio, sobretudo pela renda que consegue para o sustento das três filhas. "É bem mais vantajoso e a gente ainda pode plantar uma variedade maior de produtos, que tem boa aceitação", comemora, lembrando que desde criança lida com a agricultura convencional. Hoje divide com o marido Adriano Fernandes do Nascimento o cultivo de orgânicos num terreno próximo a casa aonde mora.