Encontro deve elevar exportações de empresas nordestinasAtualmente, o Nordeste é responsável por apenas 7% do montante total comercializado pelo país no mercado internacional |
Empresas dos nove estados do Nordeste têm o desafio de ampliar o volume de produtos e serviços negociados fora do país e aumentar a participação da região nas exportações brasileiras. Atualmente, o Nordeste é responsável por apenas 7% do montante total comercializado pelo país no mercado internacional. No ano passado, enquanto o Brasil negociou US$ 225 bilhões, a região contribuiu apenas com US$ 15,9 bilhões nas exportações. Além disso, apenas 40% das empresas que estão no comércio internacional são micro e pequenas.
"Atravessamos uma situação difícil, mas o momento é propício para as empresas passem a exportar devido ao câmbio. Se o mercado interno não está favorável, é preciso se voltar para o marcado externo", defende o vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Sílvio Bezerra, durante o lançamento para a imprensa do Encontro Internacional de Negócios do Nordeste (EINNE) nesta terça-feira (30).
Promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e Sistema Fiern, o encontro será realizado pela primeira vez no RN e ocorrerá no período de 30 de setembro a 2 de outubro, na área de eventos do hotel Holliday Inn Arena. As inscrições poderão ser feitas até o dia 20 de julho através do site www.einne.com.br ou pelo telefone 84 3616-7858. Há a opção também de se inscrever pelo e-mail einne@rn.sebrae.com.br.
O encontro entra na 18ª edição com o foco de promover contatos diretos entre empresas compradoras brasileiras e estrangeiras com fornecedores situados no Nordeste do Brasil. A ideia primordial é inserir os pequenos negócios no mercado internacional, promovendo intercâmbio de inovação e tecnologia e prospecção de novos insumos e matérias-primas. Com isso, as pequenas empresas nordestinas terão a chance de negociar com grandes corporações estrangeiras, de diversos países, sem sair do Brasil, diversificando mercado e atraindo novos clientes.
"Vamos mostrar o que temos a oferecer comercialmente a outros países. Serão 80 empresas estrangeiras que estarão aqui em Natal em busca de fornecedores. O Sebrae vai capacitar as pequenas empresas interessadas para que possam negociar com esse público", garante o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-RN, José Vieira.
A expectativa é que 200 empresas participem como fornecedoras, que devem oferecer produtos e serviços a 30 empresas nacionais, 20 locais e 80 grupos estrangeiros de países, como Alemanha, África, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Costa Rica e Panamá. Consultores e especialistas já estão prospectando corporações nessas nações interessadas em comprar do Brasil.
Plano Nacional
A estimativa é que seja negociado cerca de R$ 1 milhão durante o evento em função das rodadas de negócios programadas e mais R$ 10 milhões nos meses seguintes devido à consolidação das parcerias realizadas. Na edição anterior, o EINNE chegou a gerar um total de R$ 7 milhões em negócios. De modo geral, a iniciativa visa ampliar as exportações do país, já que o Brasil, apesar de ser a sétima maior economia do mundo, só ocupa a 25ª posição no ranking das nações exportadoras, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
"Mais importante que discutir crise, é ter um posicionamento institucional que apresente soluções. E esse encontro é uma posição explicita para apontar uma saída, que é mercado internacional. Para o Sebrae e a Fiern, é um desafio enorme realizar esse evento no Rio Grande do Norte em um momento de retração financeira", explica o superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo, também chamado de Zeca Melo. O Encontro Internacional de Negócios do Nordeste é considerado o maior evento de aproximação comercial internacional da região.
De acordo com o superintendente, será marcada uma audiência para pedir apoio do ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, para o evento, que corrobora com o Plano Nacional de Exportações 2015 - 2018, lançado na semana passada. O plano está estruturado em cinco eixos: acesso a mercados; promoção comercial; facilitação do comércio; financiamento e garantia às exportações; e aperfeiçoamento de mecanismos e regime tributários para o apoio às exportações. A iniciativa é uma tentativa de dar fôlego à balança comercial, já que as exportações brasileiras têm registrado recuo por três anos consecutivos.
Fonte: Sebrae/RN

