Sempla debate projeto Cidades Humanas e Inteligentes para NatalNo Brasil, o Projeto piloto em plataforma FIWARE será realizado através do Ministério das Cidades, Ciência e Tecnologia e Educação |
Um investimento de 330 milhões de dólares por parte da União Europeia contemplou dez cidades brasileiras com o projeto piloto ‘Cidades Humanas e Inteligentes'. O coordenador do projeto, que está sendo implantado em Olinda/PE, e vice-presidente do Fórum Nacional de Ciência e Tecnologia, Claudio Nascimento, veio apresentar a proposta em Natal para representantes das secretarias municípios, da UFRN, UNP, IFRN, Fecomércio e Câmara Municipal. A reunião aconteceu na manhã desta terça-feira (02), no Auditório da Sempla, e foi aberta pela titular da pasta, Virgínia Ferreira.
O projeto visa o compartilhamento de experiência na criação de Cidades Inteligentes e Humanas e busca refletir como se aproximar da tecnologia para usar melhor o recurso. A União Europeia contemplou dez cidades brasileiras, durante e Cbit (Feira Mundial de Tecnologia) e pretende selecionar mais outras dez, na próxima etapa, para receber um projeto piloto de plataforma FIWARE de abertura de dados, que vai promover mais transparência nos gastos e visa facilitar a vida dos municípios.
A Rede Brasileira de Cidades Inteligentes foi concebida no ano passado com base em Vitória, no Espírito Santo. No Brasil, o Projeto piloto em plataforma FIWARE será realizado através do Ministério das Cidades, Ciência e Tecnologia e Educação.
"Nossa visita a Natal, é porque ela já faz parte da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e é uma forma de a cidade sair à frente e entender como essa rede funciona; eu posso garantir que Natal vai sair hoje daqui já participando dessa Rede. A ideia é que a gente se fortaleça como um hub ou concentrador, um aparelho para redes de informática de inovação e estabeleça políticas de cidades inteligentes através de um diálogo inclusivo e vontade de mudar. A proposta é unir academia, sociedade, organizações não governamentais e motivar a inovação com custo baixo", explicou Cláudio Nascimento.
Também integrante do projeto, Luciano Gois disse que as inovações são na perspectiva da gestão pública vencer os desafios postos às cidades, como o crescimento desordenado ou a questão das drogas, que ganham auxílio nas novas tecnologias.
"Novos modelos passam pela criação de novas conexões, interação da sociedade com o meio acadêmico e trabalho da cultura da participação do cidadão; trazer a sociedade a pensar e repensar esse modelo, é transcender barreiras como novos modelos de compra da administração pública, na perspectiva de inovação da democracia, implantando o conceito e proposta metodológica que vão se adaptar à realidade de cada município", esclareceu Luciano.
Segundo Claudio Nascimento, a base tecnológica atua na implantação do projeto com qualificação direta junto a quem cuida da tecnologia, promovendo a interação da sociedade com a gestão pública, a abertura dos dados da gestão e o fortalecimento dos canais de informação, trazendo a sociedade para que essas relações se tornem mais estreitas e formem um ecossistema de inovação humana.
Para Luciano, a perspectiva do governo, se atuar de forma interativa para o desenvolvimento, é transformar a cidade em humana e inteligente, através de experiências que visam à melhoria e o fortalecimento das instituições. A busca é pela melhoria, entre outras, da relação do cidadão com a atuação do governo junto à sociedade, criando uma cultura de colaboração e coresponsabilização visando à eficiência nas contas públicas, a democratização das informações, o acesso da comunidade no seu dia a dia, uma comunicação proativa do governo com a comunidade, interação dos jovens, a reflexão sobre o consumo energético e criação de um ecossistema da informação através de uma nova cultura de relação com o meio ambiente.
Fonte: Prefeitura do Natal
