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23/04/2015 09h08 - Atualizado em 23/04/2015 09h12

Procon Natal fará fiscalização nesta quinta-feira sobre bloqueio da internet por operadoras de celular

Em razão do descumprimento da oferta realizada pelas empresas, foram propostas, pelos órgãos de defesa do consumidor, ações civis públicas

A equipe do Procon Natal promove nesta quinta-feira (23) uma fiscalização junto às quatro operadoras de telefonia celular que atuam no mercado local (Vivo, Oi, Claro e TIM). Como todas as operadoras têm sedes no Shopping Midway Mall, as equipes estarão no estabelecimento a partir das 10h.

“Aqui em Natal nós já entramos com uma ação judicial para pedir a ilegalidade deste bloqueio. Ainda não temos uma decisão, mas vamos fiscalizar e cientificar as operadoras deste nosso entendimento, além de verificar exatamente como está sendo feito por cada uma delas”, explica o Diretor-geral do Procon Natal, Kléber Fernandes.

Em outubro do de 2014, as operadoras de telefonia celular anunciaram mudanças na forma de cobrança na prestação de serviços de acesso à internet quando do término da franquia contratada pelo consumidor, contrariando as ofertas pré-contratuais e publicitárias, que previam apenas a diminuição da velocidade de navegação, mudanças que resultam na interrupção do serviço e consequente contratação de franquia adicional, com evidente prejuízo para os usuários.

A Associação Brasileira de Procons - PROCONSBRASIL - entidade que representa os PROCONS de todo o país, em reunião com o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, ocorrida em abril de 2015, reiterou manifestação anterior quanto à ilegalidade das mudanças anunciadas e já implementadas pelas operadoras, por considerá-las uma afronta aos direitos fundamentais consumeristas, especialmente o direito à informação.

Desde o início do ano, Procons de diversos Estados e Municípios estão recebendo denúncias de consumidores inconformados com a mudança na prestação dos serviços, já que foram previamente informados pelas operadoras e induzidos a acreditar que o acesso à internet pelos seus aparelhos móveis não seria interrompido, e que haviam contratado uma conexão ilimitada de dados.

E em razão do descumprimento da oferta realizada pelas empresas, foram propostas, pelos órgãos de defesa do consumidor, ações civis públicas, com vistas a garantir a manutenção do serviço, conforme ofertado, como é o caso do Procon do Acre, Rio de Janeiro, Paraná, Sergipe e Maranhão, entre outros, com concessão de liminares em favor dos consumidores.

Nesse sentido, os PROCONS manifestam-se de forma contrária à imposição de novo modelo de negócio, sem prévia anuência do consumidor, motivo pelo qual recomenda que as operadoras de telefonia cessem a prática de bloqueio da internet móvel nos contratos já firmados, bem como adote ferramentas que facilitem a compreensão quanto ao consumo do pacote de dados contratados, com informação clara, precisa e ostensiva do uso desse serviço, além de fazer ofertas e publicidades  incapazes de induzir em erro o consumidor quanto à limitação do pacote de dados, sob pena de que medidas administrativas, cíveis

e penais sejam tomadas para solução do conflito.

 

*Com informações do PROCONSBRASIL


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