Projeto "Dançando nas Dunas" invade o Parque das Dunas, com arte, música e dançaO projeto foi aprovado pela edital de Dança Roosevelt Pimenta, lançado pela Funcarte em 2014 e pela lei de incentivo municipal Djalma Maranhão |
Nos próximos dias 11, 18 e 25 de abril, às 16h30, a cidade do Natal será contemplada com apresentações de dança das mais variadas vertentes artísticas (moderna, contemporânea, clássica, street dance, parafolclórica, etc.), produzidas prioritariamente na cidade do Natal, fator que proporcionará a valorização dos coreógrafos, diretores, bailarinos e dançarinos norte-rio-grandenses. Trata-se do projeto "Dançando nas Dunas", que tem como objetivo consolidar um espaço para apresentações de dança aos sábados à tarde, no Anfiteatro Pau-brasil, do Parque das Dunas, em meio à exuberância da Mata Atlântica, proporcionando às academias, escolas e grupos de dança de nosso município um espaço para suas apresentações, através de espetáculos bem produzidos, de alto nível técnico e artístico, valorizando os profissionais da dança de nossa cidade.
Democratizar o acesso à Cultura é outro objetivo do Dançando nas Dunas, já que a entrada é gratuita para os espetáculos, lembrando que o acesso ao Parque custa uma taxa simbólica de R$ 1,00 (um real) para manutenção do mesmo e que esse valor não é revertido para o projeto.
O projeto foi aprovado pela edital de Dança Roosevelt Pimenta, lançado pela Funcarte em 2014 e pela lei de incentivo municipal Djalma Maranhão e a federal Rouanet.
Quem vai abrir o projeto é o grupo "Marruá", que em sua apresentação vai abordar questões referentes ao universo da cultura afro-brasileira. Em cena, dois intérpretes-criadores, assumindo imagens de animais, homem, mulher, mãe e filho, inspirados em corpos encontrados nas manifestações culturais brasileiras, tais como Capoeira, Tambor de Crioula, Coco de Roda e Coco de Zambê. Os intérpretes e os elementos se embalam num intenso jogo de poder entre domador e domado, revelando movimentos caracterizados por ações de enfiar os pés no chão que remetem aos caminhares dos bois, animais recorrentes no cotidiano rural, regional.
Contando com profissionais que atuam na área de dança, em Natal, bem como em Salvador/BA, Marruá se desenvolve a partir de orientações de Lara Rodrigues Machado e contribuições de HIlca Honorato, na concepção da luz; Sara Andrade em sua assistência técnica e Sílvia Rodrigues, em sua produção e co-direção.
Utilizando-se do jogo corporal, bem como o jogo de imagens, paisagens, cânticos e pesquisas relacionadas em personagens e corpos brasileiros, encontra-se o sertão como ponto de partida para a investigação do processo criativo. E do sangue que brota de seu "seco chão" surgem duas vívidas personagens andarilhas: os Marruás - Espíritos impetuosos que carregam suas histórias revelando um intenso jogo de poder, em que a figura do domador e domado se confundem nas imagens de homem, boi, mulher, bicho, mãe, filho... O processo se alicerça na metodologia "O Jogo da Construção Poética".
Um pouco mais sobre:
Surgindo a partir de jogos de improvisação em disciplinas do Curso de Licenciatura de Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, entre Alexandre Américo e Sílvia Rodrigues, no decorrer dos anos de 2010 a 2012, o processo propõe a se desenvolver cenicamente na construção do trabalho artístico, denominado "Marruá".
Vivenciando a capoeira, viajando para cidades da Região Nordeste e, nas raízes dos próprios artistas, que revisitaram suas histórias, entre imagens, jogos e relações.
Inseridos na proposta metodológica O Jogo da Construção Poética, desenvolvido pela Profa. Dra. Lara Rodrigues Machado - também pesquisadora e orientadora desse processo -, revela-se de suma importância a liberdade dos intérpretes para se posicionar, experimentar, propor, pesquisar, associar, construir, dentre tantos outros aspectos, pois neste sentido, reforçamos a essência do trabalho como sendo os próprios intérpretes, uma vez que tudo passa por eles, depende primeiramente deles.
Aproximando os indivíduos artistas de suas histórias de vida, o processo em questão, Marruá, revela que os nossos aprendizados estão para além das palavras, tratando-se de descobertas profundamente interiores, para cada um de nós, desde o emocional, passando pelo aspecto cultural, culminando no aspecto artístico, compartilhando a ligação entre a vida e a dança, o indivíduo e o intérprete num espaço imaginário construído.
Marruá teve sua estreia na III Semana de Licenciatura em Dança do Departamento de Artes da UFRN, em Outubro de 2012. No mês de Novembro do mesmo ano, se apresentou no I Encontro de Capoeira e Dança do Departamento de Artes da UFRN e participou do "Africanidades do Povo Potiguar", evento em alusão ao Dia da Consciência Negra, realizado no TECESOL (Território de Educação, Cultura e Educação Solidária, Natal/RN). No mês de Dezembro, Marruá se apresenta no Seminário de Conclusão do Curso de Dança, do Departamento de Artes da UFRN. No primeiro semestre de 2013, Marruá passou por cidades do Rio Grande do Norte, Paraíba, Salvador e Maranhão. Participou do V Encontro Nacional de Dança Contemporânea do RN e do I Seminário Internacional Desfazendo gênero, na UFRN. Em Maio de 2014, participa do Encontro Nacional de Dança Contemporânea - Extensão Internacional em Natal/RN e em Agosto do mesmo ano se apresenta como convidado na 11ª Mostra Brasileira de Dança em Recife/PE.
Fonte: Assessoria de Imprensa

