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23/03/2015 16h17

Mercado prevê aumento de exportações neste ano e no próximo, mostra pesquisa Focus

Expectativa de saldo positivo na balança comercial em 2015 subiu de US$ 3 bi para US$ 3,5 bilhões. Para 2016, previsão avançou de US$ 10 bi para US$ 11 bilhões, diz BC

Os analistas e investidores do mercado financeiro, consultados semanalmente pelo Banco Central (BC), aumentaram a expectativa sobre o saldo positivo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015, de US$ 3 bilhões para US$ 3,5 bilhões.

Para 2016, a previsão de superávit comercial também avançou de US$ 10 bilhões para US$ 11 bilhões, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (23).

Dólar, IED e Selic

O avanço vem na esteira da valorização do dólar que, pela projeção do mercado financeiro, deve avançar de R$ 3,06 para R$ 3,15 por dólar em 2015. Para o término de 2016, a previsão para a taxa de câmbio avançou de R$ 3,11 para R$ 3,20 por dólar.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil passou de US$ 57,5 bilhões para US$ 56,5 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para a entrada de recursos externos ficou estável em US$ 58 bilhões.

As apostas para a taxa básica de juros da economia, a Selic, principal instrumento do BC para controle da inflação,também ficaram estáveis em 13% ao ano, sinalizando a manutenção da expectativa dos investidores de que o Comitê de Política Monetária (Copom/BC) eleve a taxa mais uma vez neste ano de 2015, desta vez em 0,25 ponto percentual. No início de março, o Copom subiu a Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano.

A estimativa da dívida líquida do setor público permaneceu estável em 38% do Produto Interno Bruto (PIB), sigla que representa a soma de todos os bens e riquezas produzidos no País em determinado período.

Inflação e PIB

Os economistas das instituições financeiras consultadas pelo Banco Central previram que a inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 7,93% para 8,12% em 2015.

Essa expectativa também vem sendo influenciada pela alta do dólar e preços administrados, entre outros fatores. Apesar disso, na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação parcial dos primeiros 15 dias de março, medida pelo IPCA-15, ficou em 1,24%, com recuo de 0,09 ponto percentual em relação a fevereiro, quando avançou 1,33%.

No acumulado de 12 meses, no entanto, o indicador somou 7,9%. Em março de 2014, o IPCA-15 havia sido 0,73%. No ano, a taxa acumulada é de 3,5%. Para 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi suavemente ampliada de 5,60% para 5,61%.

Já apostas para o resultado do PIB neste ano passaram de uma retração 0,78% para 0,83%. A previsão para a produção industrial permanece com queda projetada de 2,19% neste ano. Para 2016, a expectativa passou de uma alta de 1,30% para alta de 1,20%.

No fim de outubro, o IBGE informou que a economia brasileira saiu da recessão técnica no terceiro trimestre de 2014, porque o PIB cresceu 0,1% na comparação com o trimestre anterior. Em 11 de março o IBGE também informou que o PIB brasileiro cresceu mais em 2011 do que fora divulgado anteriormente.

De acordo com a nova metodologia para o cálculo do Sistema de Contas Nacionais (SCN), recomendada por agências internacionais, o avanço foi de 3,9% em 2011, bem acima dos 2,7% estimados anteriormente.

 

Fonte: Portal Brasil com informações do Banco Central


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