Representantes de todas as unidades federativas do país participaram nesta quinta-feira (18) da reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em Brasília para debater a implementação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e como será a partilha dos recursos obtidos a partir da cobrança do imposto. O governo, em busca de apoio para aprovar o retorno do tributo no Congresso Nacional, acenou com a divisão do bolo. O que levou os estados a concordarem com a aplicação do tributo.
A CPMF é mais um imposto que será cobrado do brasileiro, que já paga uma das taxas tributárias mais altas do mundo. Além disso, ela tem o caráter de incidir em cascata, ou seja, quando você faz um saque para fazer uma compra no supermercado, a CPMF vai incidir sobre o saque e sobre o preço dos produtos, sem contar que o comerciante também paga na hora de fazer transação bancária com o valor. É um imposto que incide de maneira extremamente cruel no bolso do consumidor.
E na reunião do Conselho composto por secretários de Fazenda de todos os estados ficou clara, de forma definitiva, o posicionamento dos estados brasileiros a respeito da recriação do imposto. Dos 27 estados, apenas cinco votaram contra a CPMF, são eles Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Goiás e Santa Catarina. Os outros estados estão de olho na receita extra que irão arrecadar, já que o governo vai repassar uma parte do valor para as unidades federativas.
O governo federal planeja arrecada cerca de R$ 40 bilhões a mais por ano com a CPMF, que terá alíquota de 0,38%.