O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou ainda mais as perspectivas de um 2016 melhor para a economia, projetando em 3,5% a queda do nosso Produto Interno Bruto (PIB). Para fazer uma breve comparação, o ano de 2015 começou com expectativa de queda de 1,5% e fechou o ano com 3,8% de retração, segundo atualização do relatório "Perspectiva Econômica Global" divulgada nesta terça-feira (19).
É certo dizer que já andávamos pessimistas com 2016, pensando em queda de 1,5% a 2% em nosso PIB, mas o FMI vem mostrar que nossa situação é ainda mais frágil, com previsão de queda de 3,5% e recuperação prevista apenas para 2017, com sorte. E isso é péssimo para a economia brasileira, que continua cheia de incertezas sobre o futuro.
Lembrando que isso é apenas uma projeção, e a tendência é que o prejuízo em números reais seja ainda maior a exemplo do que aconteceu no ano passado, ou seja, é bem provável que a economia brasileira tenha uma retração acima desses 3,5% já previstos.
E dizer que o PIB caiu quer dizer que toda a economia do nosso país foi afetada, e não só os grandes empresários. Com a queda do Produto Interno Bruto, toda a economia é refreada, não há investimentos, não há crescimento, não há geração de emprego e renda, aumenta-se o índice de desemprego, diminui-se o poder de compra do trabalhador, cresce a inadimplência, um péssimo sinal para a economia e para nós trabalhadores.
Porém ainda há esperanças. Mesmo que em curto prazo, existe uma notícia boa. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini emitiu uma nota comentando sobre o caso e falou que todas as projeções seriam consideradas na reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), que se reúne nesta quarta-feira (20) para definir a nova taxa básica de juros, que hoje está em 14,25% ao ano. A taxa básica de juros, também conhecida como Taxa Selic é a responsável por nortear todos os juros que pagamos no dia a dia, desde o financiamento da casa própria até os juros do cheque especial.
Portanto existe a expectativa de que o Banco Central mantenha a taxa no valor em que está ou aumente apenas 0,25%, o que seria bem abaixo do que se esperava antes desse anúncio. Elevar a Taxa Selic era uma decisão que o Banco Central já havia tomado, mas que ia de encontro com o Palácio do Planalto. Há quem diga que essa nota serviu apenas de pretexto para o alinhamento entre Banco Central e Palácio do Planalto.
Notícia boa para a população em geral que poderá pagar juros menores e aliviar um pouco mais o orçamento, pois a chance de terminarmos o dia com a Taxa Selic mantida é bem alta.