Desde o início do ano, o governo vem realizando um trabalho para organizar os cortes nas despesas do orçamento geral deste ano. Alguns especialistas afirmaram que a equipe econômica estaria passando um pente-fino em todos os programas governamentais, e que a análise atingiria também os programas sociais, como o "Minha Casa, Minha Vida" e "Bolsa Família". A presidente Dilma Rousseff esteve nesta terça-feira (10) na abertura do 21º Salão Internacional da Construção, em São Paulo, e desmentiu que os beneficiários dos programas sociais sofreriam redução nos investimentos.
Só o "Minha Casa, Minha Vida" e o "Bolsa Família" juntos, representam mais de 40 bilhões de reais por ano aos cofres do governo. Quando começou, há cerca de doze anos, o Bolsa Família tinha 3,6 milhões de famílias inscritas. No ano passado, já eram quase 18 milhões. O que se vê, na verdade, é um aumento frenético no número de pessoas que dependem dos auxílios do governo para auxiliar nas despesas domésticas.
O governo está cortando investimentos, onerando ainda mais as empresas e o setor produtivo. Isso termina dificultando a geração de emprego e renda no país. Especialistas explicam que a política clientelista também precisa ser revista dentro do contexto de ajustes da meta fiscal. Como diz o ditado, é melhor ensinar a pescar do que simplesmente dar o peixe.