A presidente Dilma Rousseff, enfim, resolveu tirar Graça Foster do mais alto cargo da Petrobras. A decisão foi tomada após a presidente da estatal, Graça Foster, ter colocado o cargo à disposição pela terceira vez. Além de Foster, toda a diretoria da empresa deve ser afastada até o final de fevereiro.
A reação do mercado ao anúncio foi imediata, as ações da Petrobras subiram quase 16% - percentual altíssimo para um único dia - mesmo a empresa vindo de uma grande desvalorização motivada pelos escândalos de corrupção.
A resposta do mercado deixa claro que a Petrobras como empresa, tirando todas as denúncias envolvendo a estatal, tem números bons para apresentar. A Petrobras é líder em tecnologia em várias áreas, está aumentando sua capacidade de refino sem precisar ampliar refinarias, tem grandes campos a explorar no Brasil, é praticamente autossuficiente na área de refino em vários derivados de petróleo; ou seja, a Petrobras é uma empresa altamente viável e que terá plenas condições de se recuperar desse baque causado pela corrupção.
Em meio à notícia da saída de Graça Foster já circula a informação de que o ex-presidente Lula já está fazendo um forte trabalho para emplacar Henrique Meirelles - ex-presidente do Banco Central- na presidência da estatal. Lula já havia tentado colocá-lo no Ministério da Fazenda e falhou.
O nome de Henrique Meirelles para assumir o cargo não é bem visto pelo mercado. E com todo esse apelo do ex-presidente já há motivos para receios.