No choque de gestão do novo governo da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou não ser possível fazer o repasse de subsídio para o setor elétrico previsto para este ano. A expectativa era de um repasse de R$ 9,5 bilhões em 2015. Sem o subsídio do governo, as operadoras já anunciaram que irão repassar a diferença de custo aos consumidores.
Ainda não se sabe o valor do repasse para a conta de luz. Algumas informações apontam 9% de aumento em todas as contas de energia. Já, segundo a análise de alguns economistas baseada em 2012 - ano inicial do repasse de subsídios- o déficit do custo de produção para as distribuidoras girava em torno de 20%; o que leva a pensar em um aumento de 29% nas contas de energia elétrica.
Em 2012, ano de início dos problemas de abastecimento, com destaque para os principais reservatórios responsáveis por fornecer energia hidrelétrica do sistema nacional, o governo federal autorizou algumas termelétricas a entrarem em operação. Essas termelétricas apresentam um custo de produção de energia muito mais alto que as hidrelétricas. As distribuidoras questionaram o governo, pois precisavam ter essa conta mais alta custeada. O governo passou então a fornecer subsídios anuais as distribuidoras como forma de evitar o aumento da conta de energia do consumidor.
Com o fim do subsídio, o aumento na conta de luz dos brasileiros será pesado.