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Dívidas e falta de planos de curto e médio prazo podem colocar em xeque futuro do novo aeroporto do RN

13/10/2014 14h56

A dívida do aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, inaugurado no dia 31 de maio, já chega a R$ 90 milhões. O débito é com fornecedores atuais e, principalmente, com fornecedores da época das obras.

Em operação há mais de cinco meses, ainda há muitos ajustes de construção a serem feitos. Quem visita o terminal tem a sensação de algo inacabado, exatamente por isso o aeroporto ainda está proibido de cobrar taxa de embarque de seus passageiros. Isso traz problemas de gestão para o consórcio Inframérica, operadora que gerencia o terminal.

O que preocupa as lideranças dos setores de comércio e serviços, principalmente o setor de turismo, são os números do aeroporto do ponto de vista de fluxo de passageiros.  O terminal foi inaugurado com capacidade para receber 6,5 milhões de passageiros por ano. Este ano a expectativa é fechar com menos de 1,4 milhão, tudo bem que ele não terá os doze meses completos do ano, mas ainda assim é um número muito abaixo da sua real capacidade. E qualquer terminal que opere sendo subutilizado terminará com problemas de gestão financeira.

 

Para solucionar este problema é necessário que os governos discutam com a classe empresarial e com o consórcio alternativas para estimular a chegada de passageiros no aeroporto- o que passa pela questão da redução do querosene de aviação-, negociar com operadoras e companhias aéreas a implantação de mais linhas para o Rio Grande do Norte, e estimular o uso do terminal para cargas.  Só assim ele terá todo o seu potencial explorado.

Foto: Paulo Victor Correia / Portal da Copa


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