Eike Batista virou uma figura emblemática da economia brasileira, ele que já esteve na lista dos maiores bilionários do mundo com fortuna estimada em R$15 bilhões, hoje diz que é um homem de classe média, com dívidas de valor estimado em R$ 1bilhão, tem uma vida que está muito distante da realidade da classe média do Brasil.
O ex-bilionário viaja a bordo de um jatinho de US$ 40 bilhões ou de um helicóptero de US$ 8 bilhões. Ele utiliza o helicóptero, por exemplo, para ir até a sua casa de Angra dos Reis ou a mansão de quase 5.000m² de área também de sua propriedade. Mora em outra mansão, também no Rio de Janeiro, de 3.500m², incrustada em um terreno aos pés do Cristo Redentor que tem quatro vezes esse tamanho, ou seja, é uma vida muito distante do padrão de vida da classe média.
Como ele consegue manter tudo isso? Por que os bancos, aos quais deve, principalmente Bradesco e Itaú- os dois maiores bancos privados do Brasil- não bloqueiam esses bens para fazê-lo honrar as dívidas? Por causa da velha máxima “Devo, não nego, pago quando puder”, existe no mercado financeiro uma regra que diz: se você deve US$100 aos bancos o problema é seu, mas se você deve US$100 milhões o problema é deles; porque banco nenhum pode se dar ao luxo de lançar em seu balanço prejuízos tão altos.
Tirar esses bens e sufocar de vez o ex-bilionário Eike Batista seria para esses dois bancos a certeza de lançarem em seus balanços prejuízos milionários, ou até bilionários. Para os bancos é mais interessante manter Eike vivo financeiramente para que assim ele possa negociar o pagamento do que deve em suaves parcelas.