O estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que entre 2006 e 2012 a fatia de concentração de renda dos 5% dos brasileiros mais ricos passou de 40% para 44%, o mesmo ocorreu com o percentual de 0,1% da população com renda mais alta, que em 2006 apropriava-se de 9% dos recursos disponíveis no Brasil e em 2012 passou a deter 11% desses recursos. O Ipea, instituto ligado ao governo, está com o estudo engavetado até segunda ordem, mas alguns números, como os apresentados, foram divulgados no site da revista Veja, nesta quarta-feira (17).
A concentração de renda é negativa para qualquer economia. Ter uma fatia grande da população extremamente rica e outra extremamente pobre gera desigualdades que trazem uma série de problemas sociais e econômicos. O estudo do Ipea contradiz os governos do PT, que sempre se arvoraram de terem promovido uma grande desconcentração de renda. É fato que houve migrações entre classes, mas contra números não há argumentos.