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Reajuste de energia elétrica fica a cima do esperado e deve pesar tanto para consumidores como para empresas potiguares

17/04/2014 16h43

Saiu na última terça-feira (15), os percentuais do reajuste da energia elétrica, para este ano, autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a concessionária distribuidora aqui do Estado, a Cosern. 

 

 Esse reajuste é previsto em contrato, e os técnicos da Aneel analisam uma série de detalhes antes de defini-lo. Agora, os números que foram divulgados, na terça-feira, surpreenderam. No caso do consumidor de baixa tensão, que é o consumidor basicamente residencial, mas como o comércio do Rio Grande do Norte tem a característica de ser formado por empresas de pequeno porte, esses consumidores terminam englobando também muitas empresas.

 

 Os consumidores de baixa tensão somam 99,8% do total de consumidores da Cosern. São quase 1,2 milhão de unidades consumidoras que terão percentual de ajuste a partir do próximo dia 22 de abril.

 

O reajuste para a baixa tensão será de 11,4%. A expectativa dos especialistas girava em torno de 9%, ou seja, ficou a cima do imaginado. Para os consumidores de baixa tensão os reajustes se comportaram desde 2009 da seguinte maneira: em 2009 foram 6,02% de reajuste; em 2010, 9,95%; 2011, 9,7%; 2012, 6,05%; no ano passado em uma das revisões contratuais ouve uma queda nesse percentual, ficou em 3,84%; e agora, o maior reajuste dos últimos cinco anos, 11,4%.

 

Um detalhe é que este percentual está muito a cima da inflação oficial do ano passado que ficou na casa dos 5%. No caso dos consumidores de alta tensão, que são 0,2% e englobam setores importantes como a nossa indústria e principalmente a rede hoteleira, que é um setor de alto consumo de energia. O consumo de energia chega a representar até 20% dos custos de um hotel, e vale lembrar que o setor turístico atravessa uma crise no Rio Grande do Norte.  Para estes setores, indústrias e hotéis, o reajuste será de 15,78%. Serão 2,4 mil unidades consumidoras atingidas. O detalhe é que ninguém consegue passar um percentual desse para os produtos e serviços que oferecem sem uma reclamação grande por parte dos consumidores ou sem até perder clientes


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