A atividade desenvolvida pelo setor da carnaúba, principalmente a do corte da palha, ainda é rentável para os trabalhadores rurais do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, sobretudo quando o período de estiagem das culturas de sequeiros oferece reduzida alternativa de trabalho.
Esse trabalho é necessário para a extração do pó cerífero que, na fase seguinte, será transformado em produto final que é a cera de carnaúba. Todas as etapas do processo ocupam muitos trabalhadores rurais. A renda é importante para esses trabalhadores que, neste ano, enfrentaram grandes dificuldades por causa das estiagens.
A cera de carnaúba é usada, principalmente, na indústria de cosméticos e para dar polimento em móveis, peças de carro e frutas.
No Rio Grande do Norte, ainda em atividades pequenas usinas de processamento do pó cerífero em cera de carnaúba nos municípios de Assu, Ipangassu, Upanema, Felipe Guerra e Apodi, que fabricam a cera arenosa - tipos 3, 4 e 5.
A cera tipos 1 e 2 (especiais, oriundas do pó cerífero tipo A, também chamada de "pó de olho") é produzida em maior escala em Mossoró, cuja produção é voltada ao mercado externo - exportação.
Os EUA são os principais importadores de cera de carnaúba brasileira. Aliás, o Brasil é o único país do mundo que produz cera de carnaúba. Mesmo assim, a atividade que é exercida de forma extrativista, está em extinção.