Um respeitável e simpático senhor potiguar de 73 anos, residente na Zona Norte de Natal, foi morto brutalmente na manhã desta terça-feira, 02 de outubro de 2012, uma data que vai marcar negativamente a história do Rio Grande do Norte. Os assassinos do senhor são grandes empresários e "gestores", provavelmente pernambucanos e brasilienses, que detinham o dom supremo de decidir entre reergue-lo ou simplesmente sepultá-lo. Fizeram sua opção.
Entre os muitos detalhes peculiares e cruéis do assassinato estão a premeditação e o total sangue frio mostrado pelos algozes. O crime começou a ser planejado em março de 2009, quando o senhor, que andava atravessando alguns pequenos e comuns problemas de saúde para a idade, teve negado o tratamento ideal - a base de vitaminas em forma de estímulos e investimentos - e recebeu dos mesmos algozes de hoje, uma carga de veneno em forma de redução drástica do seu potencial de reação.
Com o peso da idade, mas ainda gozando de grande respeitabilidade, o senhor continuou tentando se reerguer, contando, para isso, com filhos queridos dele e que muito lhe amavam e diariamente deram o suor e o sangue para reanimar o senhor. Em vão, pois havia sempre a falta do suporte de quem efetivamente podia fazer algo mais eficaz.
E mais uma vez na surdina, sem nenhum comunicado aos amigos e à sociedade potiguar - que é devedora do nobre senhor pelos inúmeros e relevantes serviços que ele a prestou- os algozes deram o golpe de misericórdia, na calada da noite, como é comum a um determinado tipo de algoz.
Uma mortal e certeira nota, de pé de página, decretou sua morte, inapelável. O senhor Diário de Natal, além de muitas saudades e uma revolta que, embora justíssima, ainda se manifesta timidamente entre seus admiradores, deixa duas viúvas : o DN On Line e a Rádio Clube, que certamente terão muita dificuldade em continuar suas vidas sem o sustentáculo do seu patriarca, que lhes conferia credibilidade, confiabilidade e tradição.
O senhor Diário de Natal deixa ainda mais de três milhões de órfãos. Todos os norte-rio-grandenses que, nestas mais de sete décadas, aprenderam a amá-lo, admirá-lo e, sobretudo, a respeitá-lo. Respeito que, quem vem de fora, teima em ignorar.
Descanse em paz, nobre e digno senhor. Nosso RN fica menor, mais pobre e menos livre sem você!