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Não precisamos (mesmo) de mais hotéis no estado

19/06/2012 08h52

Para aqueles que ainda acham que o RN precisa de mais hotéis, mais uma prova que o caminho das pedras para aquecer nosso turismo - mesmo em tempos de Copa do Mundo FIFA - é mesmo investir alto na promoção do nosso destino, ressaltando nosso potencial e nossas diversidades de atrativos.

O Placar da Hotelaria, do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), divulgado nesta segunda-feira, 18, mostra que cinco das doze cidades-sede da Copa correm o risco de ter uma superoferta de leitos e ficar sem ter o que fazer com eles após o Mundial de Futebol. Apesar de não estar incluída na lista de sedes com alto risco de super oferta no setor, Natal não escapa da ameaça, segundo o levantamento.

De acordo com os dados, na capital potiguar, há "risco moderado" de super oferta no segmento de hotéis de médio padrão (midscale). A previsão é que o segmento tenha a taxa de ocupação reduzida de 67% - registrada em 2011 - para 63% em 2015.

A cidade, que tem uma oferta de 1.370 quartos com esta classificação, deverá ter uma adição de 463 novas unidades até 2015. Também haverá crescimento na oferta em hotéis econômicos, em que o número de quartos deve saltar de 3.854 para 4.520 - serão 666 a mais. Não há projeções disponíveis, entretanto, para a taxa de ocupação nem para os riscos de super oferta deste segmento nem do segmento de hotéis de alto padrão, que, até 2011, tinham 868 quartos em Natal, de acordo com o levantamento.

Outras sedes estão com o sinal de alerta aceso. Das doze que foram analisadas, cinco apresentam alto risco de super oferta em pelo menos uma das categorias analisadas (Econômico, Midscale e Upscale), o que significa que o investidor deve ter cautela antes de construir ou comprar novos hotéis, diz o FOHB. A lista inclui Brasília, Cuiabá, Belo Horizonte, Manaus e Salvador, sendo que as três últimas têm alertas nas categorias econômica e superior (midscale).

O presidente do FOHB, Roberto Rotter, explica que o estudo reflete a realidade do setor e a necessidade do planejamento cauteloso para novos investimentos. "Um dos objetivos do Placar da Hotelaria é alertar que a construção de novos hotéis não deve ser pautada pela chegada de grandes eventos, mas, sobretudo, pelo desenvolvimento do turismo e da economia, porém, é necessário que os investimentos atendam à demanda do mercado", diz ele. "É importante garantir acomodação para os visitantes que participarão da Copa do Mundo, mas não à custa de investidores incautos", complementa o documento.


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