Mercados
Internacionais
O mês de setembro inicia com
realizações de um final de agosto de alta. Com certeza o mês de agosto de 2011
não será lembrado com saudades pelos investidores, pois obteve quedas
acentuadas e volatilidades históricas. O que salvou o final do mês passado foi
o pronunciamento do presidente do FED, que deixou novas expectativas no mercado
internacional.
No primeiro dia de setembro,
o pregão nos mercados internacionais foi de realização, ou seja, de queda. Os
futuros norteamericanos (S&P) operavam em queda de 0,4%, e o composto
europeu operava em queda de 0,55%, com investidores atentos a divulgações de
dados macroeconômicos que hoje tem mais dados sobre a atividade do país.
Acompanham quedas as
commodities por todo o mundo. O cobre apresenta a primeira queda depois de sete
dias seguidos de alta, investidores seguem preocupados com as táticas do
governo chinês para conter a inflação local, o que pode prejudicar a oferta da
commodity no mercado. O barril de petróleo também apresentava queda hoje devido
à expectativa de dados norteamericanos sobre a atividade, que caso sejam
divulgados menores que o esperado, remetem à menor demanda pela commodity.
Na zona do Euro, foram
divulgados alguns dados piores do que o esperado, como por exemplo o PMI da
indústria, que ficou em 49 pontos, quando o esperado era 49,7. Na Alemanha, a
leitura do PIB do segundo trimestre veio com alta de 2,8%, porém o PMI
industrial de agosto veio abaixo do esperado, divulgado como 50,9 contra o
esperado de 52,0.
Na Ásia os mercados
encerraram na contramão da maioria, em alta. O composto fechou o dia positivo em
0,28%, impulsionados por dados positivos nos EUA, que superaram as
expectativas.O primeiro ministro chinês Wen Jiabao declarou que o país não vai
alterar a política econômica de contenção da inflação, sua prioridade no
momento. Esta declaração pesou nos mercados asiáticos, que recuaram mais uma
vez. O mercado chinês tem operado descolado dos outros mercados mundiais,
operando na maioria das vezes na contramão.
Mercado
Nacional
Aqui no mercado brasileiro o
pregão ontem foi de alta de 2%, encerrando aos 56.496 pontos, gerando um forte
giro financeiro no mercado.
Hoje, assim como todos os
mercados mundiais, os investidores por aqui estarão de olho em dados
norteamericanos a serem divulgados hoje.
Porém o destaque do dia será
a decisão do COMPOM de cortar a taxa básica de juros (SELIC) de 12,5% para 12%,
decisão pautada na piora substancial nos mercados externos. Essa decisão veio
diretamente do desejo do Ministro da Fazenda, Guido Mantega e da presidente
Dilma Rousseff.
Adm. Roberto Davi Miranda
Agente de Investimentos autorizado CVM.
e-mail: robertodavi22@hotmail.com / Twitter: @rdavimiranda
Blog: http://debolsocheio.blogspot.com