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Fique por dentro – Quinta-feira

01/09/2011 10h25

         
Mercados Internacionais

 

     O mês de setembro inicia com realizações de um final de agosto de alta. Com certeza o mês de agosto de 2011 não será lembrado com saudades pelos investidores, pois obteve quedas acentuadas e volatilidades históricas. O que salvou o final do mês passado foi o pronunciamento do presidente do FED, que deixou novas expectativas no mercado internacional.
 
     No primeiro dia de setembro, o pregão nos mercados internacionais foi de realização, ou seja, de queda. Os futuros norteamericanos (S&P) operavam em queda de 0,4%, e o composto europeu operava em queda de 0,55%, com investidores atentos a divulgações de dados macroeconômicos que hoje tem mais dados sobre a atividade do país.

     Acompanham quedas as commodities por todo o mundo. O cobre apresenta a primeira queda depois de sete dias seguidos de alta, investidores seguem preocupados com as táticas do governo chinês para conter a inflação local, o que pode prejudicar a oferta da commodity no mercado. O barril de petróleo também apresentava queda hoje devido à expectativa de dados norteamericanos sobre a atividade, que caso sejam divulgados menores que o esperado, remetem à menor demanda pela commodity.

     Na zona do Euro, foram divulgados alguns dados piores do que o esperado, como por exemplo o PMI da indústria, que ficou em 49 pontos, quando o esperado era 49,7. Na Alemanha, a leitura do PIB do segundo trimestre veio com alta de 2,8%, porém o PMI industrial de agosto veio abaixo do esperado, divulgado como 50,9 contra o esperado de 52,0.

     Na Ásia os mercados encerraram na contramão da maioria, em alta. O composto fechou o dia positivo em 0,28%, impulsionados por dados positivos nos EUA, que superaram as expectativas.O primeiro ministro chinês Wen Jiabao declarou que o país não vai alterar a política econômica de contenção da inflação, sua prioridade no momento. Esta declaração pesou nos mercados asiáticos, que recuaram mais uma vez. O mercado chinês tem operado descolado dos outros mercados mundiais, operando na maioria das vezes na contramão.

 

Mercado Nacional

 

    Aqui no mercado brasileiro o pregão ontem foi de alta de 2%, encerrando aos 56.496 pontos, gerando um forte giro financeiro no mercado.

     Hoje, assim como todos os mercados mundiais, os investidores por aqui estarão de olho em dados norteamericanos a serem divulgados hoje.

     Porém o destaque do dia será a decisão do COMPOM de cortar a taxa básica de juros (SELIC) de 12,5% para 12%, decisão pautada na piora substancial nos mercados externos. Essa decisão veio diretamente do desejo do Ministro da Fazenda, Guido Mantega e da presidente Dilma Rousseff.  

 

Adm. Roberto Davi Miranda

Agente de Investimentos autorizado CVM.

e-mail: robertodavi22@hotmail.com / Twitter: @rdavimiranda

Blog: http://debolsocheio.blogspot.com


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