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Volatilidade das bolsas mundiais reflete notícias negativas e gera lucros.

14/08/2011 20h09

            A semana que passou apresentou aos mercados uma tremenda volatilidade. Esse termo, tão falado no mercado financeiro, significa variação de preços dos ativos. Se um dia tem alta volatilidade significa dizer que os preços dos ativos financeiros negociados no mercado sofreram altas variações.

            O fato é que com todo o processo de rebaixamento dos ratings de países como EUA, Irlanda e Portugal, e com o possível risco de se rebaixar também o da França, os mercados financeiros internacionais, assim como o canarinho, apresentaram alta volatilidade praticamente em todos os dias. O que muitos investidores em todo o mundo acreditam é que os títulos públicos desses países, que conferem àqueles a garantia de que a sua economia não irá “quebrar”, estão representando algo que não condiz com a sua realidade. É o caso dos EUA, que detinham até antes do rebaixamento do rating, de AAA para AA+ pela Standard & Poors, títulos considerados os mais seguros do mundo. Houve também a divulgação de emissão de mais títulos dos países Espanha e Itália, porém com taxas de remuneração (juros) altíssimos, o que foi mal visto pelos mercados, que acreditam que esses países não têm a capacidade para honrar com esses juros.

            Como os investidores preferem não correr riscos, procuram outros tipos de investimentos, como forma de proteção de seus patrimônios, preferindo países que tenham maior estabilidade econômica. Ponto para o Brasil, que foi um dos poucos países que conseguiu sentir menos os impactos da última crise em 2008, e que agora conta com mais experiência e mais preparo para os efeitos de uma nova crise.

            Investidores do mundo inteiro resolveram realizar seus lucros, ou talvez prejuízos e venderam seus títulos no mercado, o que leva a uma grande queda de preços no mundo inteiro, incluindo nosso país. A BM&FBovespa, bolsa brasileira, foi a que mais sofreu com esse fato. Com altos índices de desvalorização. O motivo disso ter ocorrido é que a maioria dos investidores aqui presentes infelizmente ainda é de estrangeiros, e no momento em que eles preferem não investir aqui, nós sofremos mais facilmente o impacto. Somos muito vulneráveis a isso, conforme relatei na postagem “BM&FBovespa quer mais investidores nacionais”.

            Porém, como a nossa bolsa teve a maior queda no mundo inteiro, num momento de respiro positivo nos mercados, acaba que o movimento de alta da bolsa brasileira também acompanha o maior nível. Isso é que é volatilidade.

            Investidores me perguntam: Isso é ruim para investidores?

A resposta que dou é que investidores de longo prazo, considerado como o período a partir de 5 anos, não precisam se preocupar com suas carteiras, não com altas volatilidades de curto prazo, pois há a tendência natural de os mercados voltarem a subir. Já aqueles que gostam de operar no curto prazo, período inferior a 5 anos, aproveitam a oportunidade para obter grandes rendimentos. Como o mercado tem altas e baixas acentuadas dentro de um mesmo dia, fica favorável às operações de compra e venda dentro do mesmo dia, as chamadas Daytrades.  

   

 

 

 

Adm. Roberto Davi Miranda

Agente de Investimentos autorizado CVM.

e-mail: robertodavi22@hotmail.com / Twitter: @rdavimiranda

Blog: http://debolsocheio.blogspot.com

 


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