Temos acompanhado nos noticiários a crise na Europa, mais precisamente em países como Grécia, Portugal e há rumores de uma possível piora na Irlanda. Há também declarações do presidente dos Estados Unidos Barack Obama, de que o país não está com plena capacidade de honrar com seus compromissos financeiros.
Mas afinal, por que essas informações impactam tanto no nosso e em outros mercados mundo afora?
A resposta é simples: Os países estão com economias interligadas.
Na Europa, a Grécia obteve estabilidade e aderiu à zona do euro uma década atrás realizando entrelaçamentos econômico-financeiros com outros países, em sua maioria com a Alemanha. Isso gera uma série de incertezas financeiras, caso o país tenha o risco de pagamento de sua dívida (default) aumentado. Atualmente o país tem mais de 150% do seu PIB em dívidas, somando 360 Bilhões de euros. Um calote deste país, atingiria diretamente seus credores, e criaria um efeito cascata no mercado financeiro como um todo. Por isso a necessidade de se pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI), a fim de se angariar recursos necessários ao pagamento de seus credores, que passam a ofertarem menos crédito, e freiam seus próprios crescimentos econômicos.
Em resumo, se um país fica à beira de um colapso financeiro, todos os outros ligados a ele, conseqüentemente também o estarão. E no Brasil, mesmo com uma economia crescendo mais sustentadamente, o impacto é sentido.
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