Sem dúvida nenhuma o maior “Bicho-Papão” enfrentado pelo governo e a política monetária é a Inflação. Para entender melhor o que significa essa palavrinha muito ouvida nas rodas de discussão, o seu conceito é o de que é o processo de aumento contínuo dos preços de uma determinada cesta de produtos. Existem vários índices que a medem, como por exemplo IPCA, IGP-M, IGP-DI, IPC-S, entre outros. Cada um desses índices é medido por uma instituição, e cada um está relacionado a uma cesta de produtos diferente e/ou um período diferente.
Uma das ferramentas que o governo através do Comitê de Política Monetária (COPOM) mais utiliza para conter o aumento da inflação é o aumento da Taxa básica de juros, a famosa SELIC. Essa taxa é a referência que os bancos e instituições de crédito utilizam para cobrar por seus serviços. Por isso, quando há um aumento na taxa SELIC, o mercado consumidor tende a comprar menos, porque o seu poder de compra está menor, mais caro. Quem compraria no cartão-de-crédito ou financiamento pensa mais vezes, porque são modalidades que ficam mais caras com esse aumento.
Portanto, à medida em que a Inflação sobe, o COMPOM toma medidas enérgicas para que ela fique baixa, uma delas é o aumento da taxa SELIC. Atualmente a projeção do índice de inflação para o ano de 2011 está em 4,3% podendo variar até 6,3%. Porém, até o mês de maio já se tem o percentual de 6,5%, ou seja, já superou. A taxa SELIC segue atualmente com o valor de 12,25% ao ano, também com expectativa de alta até o final do ano.
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