Muito se fala de se investir no setor imobiliário no Rio Grande do Norte, a especulação imobiliária atinge também o estado e promove milhares de negócios todos os meses. Em outros locais do país é clara a movimentação do setor, que tem hoje o investimento do governo federal nos patamares de 4% do PIB nacional. Esse valor tem uma projeção de crescimento até o ano de 2015 para algo em torno de 10%. Sinal de aumento de imóveis residenciais? Não apenas isso. Além de imóveis residenciais o país percebe um crescimento global no setor, tanto para construtoras quanto para investidores, sejam eles simples cidadãos comprando casa própria ou investidores do setor. São produtoras de insumos para construção, imóveis residenciais, imóveis comerciais, terrenos, infra-estrutura de cidades, entre outros.
No panorama econômico atual, o setor sofre bastante influência da alta e controle dos índices de inflação. São exemplos de índices de inflação utilizados no setor o Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM) e o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), o primeiro costumeiramente é utilizado como parâmetro para ajustes de aluguéis de imóveis e o segundo serve como indicador de aumento de custos das construtoras em geral, são aumentos de preços de materiais como tijolos, cimento, entre outros.
No lado dos investidores está a seguinte indagação: É melhor comprar ou alugar um imóvel? A resposta é simples: deve-se analisar fatores que incidam diretamente sobre os imóveis. No caso de um aluguel é importante que se conheça além dos valores do aluguel em si, o que está envolvido na contratação do mesmo (condomínio, IPTU, IGPM e etc.). No caso de uma compra, caso ela seja financiada, é importante saber se o imóvel já estiver construído e pronto para morar, o valor e a forma como está sendo financiado o imóvel, se a taxa de juros está sendo condizente com a realidade praticada no mercado, sem esquecer dos famosos “balões” que são prestações intercaladas no financiamento, geralmente de maior valor financeiro. Existem investidores que costumam comprar imóveis para obter uma renda a partir deles, alugando o imóvel logo em seguida à compra. Na maioria dos casos eles o fazem para que o próprio imóvel “se pague”. Estes também devem considerar os juros praticados no financiamento e o período que ele será alugado, para que não haja períodos de falta de recursos para o pagamento das prestações.
Uma ótima alternativa para quem pretende investir em imóveis, mas tem pouco recurso é a aquisição de cotas de Fundos Imobiliários, que são negociados na Bolsa de Valores. Um Fundo Imobiliário investe em imóveis da mesma maneira com que uma pessoa-física investe, porém em maior porte. Geralmente são empreendimentos comerciais como shoppings centers e etc. Para se adquirir cotas de um Fundo Imobiliário é necessário procurar uma corretora de valores, em que profissionais especializados podem oferecer suporte a questionamentos.
Segundo o diretor do escritório potiguar da Um Investimentos, o Sr. Erik Dias, que também investe no setor imobiliário, “ É a melhor maneira de se investir em imóveis e receber aluguéis do mesmo, pois não se tem preocupação com atraso no pagamento de aluguel e tem liquidação mais rápida do que um imóvel, ou seja, é mais fácil de se vender.”
O crescimento no número de Fundos Imobiliários, os famosos FII tem chamado atenção do mercado como um todo, inclusive da própria BM&FBOVESPA, que pretende lançar em breve um índice relativo exclusivamente à modalidade de investimento. Atualmente, dos 113 FII registrados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apenas 51 estão listados na bolsa, representando no total (113) o valor aproximado de R$ 10 Bilhões. Valor esse que por sinal aumenta aceleradamente no ano de 2011. No ano de 2010 os FII movimentaram R$ 379 Milhões. Este ano, só até o mês de abril já movimentam-se R$ 230 milhões, com projeções para o fim do ano de R$ 700 milhões.
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