A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do RN (FETRAF-RN) ainda aguarda resposta para a realização de audiências com os secretários da Saúde, Educação, Reforma Agrária, Recursos Hídricos, Ação Social, Agricultura, e a Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano do RN (CEHAB/RN). A expectativa da Federação era de que as reuniões acontecessem durante essa semana, de 10 a 13, para que os problemas enfrentados pelos agricultores fossem discutidos.
As audiências antecedem uma caminhada que contará com a participação de mais de dois mil trabalhadores rurais, prevista para acontecer no dia 19 deste mês, saindo da Cidade da Esperança às 9h até o Centro Administrativo. Os agricultores querem solicitar à governadora Rosalba Ciarlini uma agenda de reuniões mensais com representantes dos 50 municípios do Rio Grande do Norte onde a FETRAF atua.
"Estamos com algumas questões pendentes porque os processos não são finalizados. Um exemplo são as 200 casas que não foram concluídas, mas na CEHAB/RN está tudo pronto, falta apenas liberar os recursos. Por isso marcharemos até a Casa Civil para falar com a governadora", declara João Cabral, presidente da FETRAF-RN.
Os agricultores também querem que Estado e municípios comprem produtos dos agricultores para 30% da merenda escolar, como está previsto na Lei Federal Nº 11.947, mas segundo a FETRAF, isso não ocorre. Segundo a Federação, somente 10% dos municípios cumprem a Lei.
Outro ponto a ser discutido é a respeito da saúde da água. A FETRAF contesta a orientação de criar piabas nas caixas d'água para combater o mosquito da dengue. Os trabalhadores argumentam que os peixes poluem a água, que é destinada ao consumo doméstico. Além disso, as caixas são fechadas, portanto não há risco da proliferação do mosquito nos locais.
As audiências e a caminhada fazem parte da VII Jornada Nacional de Lutas da Agricultura Familiar, que tem como objetivo promover o diálogo entre os trabalhadores rurais e o poder público, com o intuito de desenvolver a agricultura familiar no Estado.
Fonte: Assessoria de Imprensa
