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17/07/2015 09h22 - Atualizado em 17/07/2015 10h07

Economia de energia gerada pelo Procel atingiu 10,5 bilhões de kWh em 2014

A economia é suficiente para adiar investimentos estimados em R$ 1,2 bilhão

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A economia gerada no ano passado, pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e executado pela Eletrobras, somou 10,5 bilhões de quilowatts-hora (kWh), de acordo com o Relatório de Resultados do Procel, divulgado nesta quinta-feira (16) pela estatal.

A superintendente de Eficiência Energética da Eletrobras, Renata Falcão, disse que a economia representa cerca de 2,2% da carga de consumo total do Brasil e equivale ao consumo de energia anual de 5,25 milhões de residências, além de corresponder à energia fornecida, no período de um ano, por uma usina hidrelétrica com capacidade de 2,522 megawatts (MW). Segundo ela, a economia é suficiente para adiar investimentos estimados em R$ 1,2 bilhão.

De acordo com Renata, a economia de energia resultante do Procel foi quase 8% maior do que a obtida em 2013, que chegou a 9,7 bilhões de kWh, e mostra tendência crescente nos últimos anos. Além disso, a economia de energia em 2014 evitou a emissão de 1,425 milhão de toneladas de gás carbônico equivalentes na atmosfera, o que corresponde às emissões de 489 mil veículos em um ano.

Para Renata, o balanço dos 30 anos de existência do Procel é “bastante positivo”. Os investimentos no programa no período somam em torno de R$ 2,4 bilhões, com economia de energia acumulada de 81 bilhões de kWh. Ela informou que o valor da energia dessa "usina virtual" chamada Procel é de R$ 30 por kWh. “Não existe energia mais barata do que essa.”

Para a execução de ações e projetos nas esferas pública e privada, o Procel dispõe de subprogramas, entre os quais o Procel Educação, o Procel Sanear, o Procel Info e o Procel Indústria. No ano passado, foi lançado o Selo Procel de Edificações e incluídas duas categorias no Selo Procel de Equipamentos (forno de microondas e lâmpadas LED).

Renata estimou que a criação, em junho passado, da Câmara Técnica de Eficiência Energética, pelo Conselho Nacional de Política Energética, dará novo impulso à economia de energia. “A gente acredita muito nisso”, disse ela, adiantando que não há nenhuma meta de economia de energia estabelecida para este ano. Ela estima que os investimentos no Procel, incluindo custeio, deverão repetir o volume do ano passado, em torno de R$ 18 bilhões, priorizando convênios com universidades.

A superintendente de Eficiência Energética da Eletrobras disse que a economia de energia é fruto também de investimentos do passado e lembrou que foram capacitadas universidades e criados 70 laboratórios em todo o território, nas mais diversas áreas. “Tem esse efeito multiplicador, que dá frutos a longo prazo. Você não necessariamente tem que investir sempre mais. A ideia é fazer cada vez mais com menos e multiplicar isso com gestão”, argumentou.

Para Renata, a população brasileira tem consciência da necessidade de economizar energia. Ela ressaltou, porém, a importância de reforçar a atuação do Procel na indústria – que representa 40% do consumo nacional – e na área edificações comerciais, residenciais e públicas – que representam 50% do consumo.

 

Fonte: Agência Brasil


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