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21/12/2010 09h31 - Atualizado em 21/12/2010 10h26

Prévia da inflação oficial fecha 2010 com alta de 5,79%

IPCA-15 atingiu 0,69% em dezembro, abaixo das estimativas de especialistas.

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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - 15 (IPCA-15) atingiu 0,69% em dezembro, ante 0,86% em novembro. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas, que esperavam inflação entre 0,70% e 0,84%. A mediana das previsões estava em 0,79%.

No entanto, a taxa de dezembro deste ano foi superior à apurada em dezembro de 2009, quando indicador subiu 0,38%. Com o resultado anunciado há pouco, o IPCA-15 acumulou em 2010 alta de 5,79%, acima da inflação apurada em 2009 pelo indicador, de 4,18%.

Segundo o IBGE, uma das causas para a taxa menor do IPCA-15 de dezembro foi a desaceleração de preços dos alimentos, que passaram da taxa de 2,11% de novembro para 1,84% neste mês. Isso reduziu a contribuição dos alimentos na formação da taxa do mês, de 0,48 ponto porcentual em novembro para 0,43 em dezembro. Mesmo assim, o instituto informou que o resultado do grupo Alimentação e Bebidas foi expressivo, e equivalente a 62% do IPCA-15 de dezembro.

Inflação anual

A inflação de alimentos e bebidas foi a principal contribuição para taxa de 5,79% do IPCA-15 acumulada em 2010, segundo informou há pouco o IBGE. A taxa de elevação de preços no grupo saltou de 3,08% para 10,16% de 2009 para 2010, e representou 40% do total acumulado do indicador no ano, com contribuição de 2,29 ponto porcentual.

Nas contribuições individuais, as carnes mais uma vez foram o destaque, com alta de 30,52% este ano, e contribuição de 0,66 ponto porcentual no IPCA-15 de 2010. Os preços de refeição em restaurante também foram ressaltados pelo IBGE, com alta de 10,50% no ano e contribuição de 0,45 ponto porcentual na inflação de 2010 medida pelo indicador.

Entre as nove classes de despesa pesquisadas pelo IBGE para cálculo do indicador, a segunda maior elevação de preços no ano foi a do grupo despesas pessoais (7,32%), seguida por vestuário (6,85%); educação (6,21%); habitação (5,04%); saúde e cuidados pessoais (4,94%); artigos de residência (3,49%); transportes (2,39%); e comunicação (0,69%).

Não alimentícios

A inflação de produtos não alimentícios no IPCA-15 desacelerou de novembro para dezembro, passando de 0,49% para 0,34% no período, segundo informou há pouco o IBGE.
Entre os itens que contribuíram para este resultado estão os decréscimos nas taxas de variação de preços registrados em etanol (de 6,75% para 2,13%), gasolina (de 1,92% para 0,07%), salários dos empregados domésticos (de 1,34% para 0,73%), artigos de vestuário (de 1,17% para 0,96%), aluguel residencial (de 1,05% para 0,73%), e artigos de TV, som e informática (de -1,35% para -3,45%).

No entanto, o instituto fez uma ressalva. Nem todos os itens não alimentícios estão com desaceleração de preços no varejo. De novembro para dezembro, houve fim de deflação e aceleração de preços em produtos como passagens aéreas (de -1,28% para 7,62%); e ônibus urbano (de 0,07% para 0,30%). Este último teve inflação mais forte devido ao reajuste de 2,13% nas tarifas do Rio de Janeiro, em vigor desde o dia 6 de novembro.

 

Fonte: Agência Estado


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